"De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o verão é a época do ano em que mais estamos sujeitos a raios, sendo que 45% das ocorrências no Brasil são nessa estação do ano. "Anualmente, uma média de 133 pessoas morreram no país, nos últimos doze anos, em decorrência do fenômeno", registra a revista Superinteressante deste mês.
Confira informações importantes sobre descargas elétricas
Como sobreviver à uma tempestade de raios: a maior parte das mortes causadas por raios acontece em decorrência da potência da descarga elétrica e não quando o raio atinge diretamente uma pessoa. Por isso, evite ficar exposto em lugar aberto, pois você pode ser o ponto mais alto e com isso receber uma descarga elétrica. Tendas ou árvores só te protegerão da chuva. A água é condutora de eletricidade, então não fique dentro nem perto d'água, no mar ou piscina, durante uma tempestade.
Os lugares mais seguros para ficar durante as tempestades: são dentro de casa ou de um prédio, desde que você fique longe das janelas ou portas, e também de condutores de energia, como telefones com fio (celular é seguro), canos e metais em geral, além de equipamentos eletrodomésticos, como TV ou ar condicionado, ligados. Durante uma tempestade, tire os aparelhos da tomada e fique longe do perigo até passar. Segundo o ELAT, 15% das mortes decorrentes de raios ocorrem com as pessoas dentro de casa. Carro também é uma opção segura. Isso porque a estrutura metálica do carro serve como isolante elétrico.
Raios, relâmpagos e trovões: são três coisas diferentes. Rais são uma descarga elétrica que ocorre entre as nuvens e o solo (ou entre uma nuvem e outra), em decorrência de sua polarização, que ocorre após ou antes uma tempestade. O relâmpago é o clarão, devido à rápida movimentação dos elétrons. Como eles se movem muito rápido, também se aquecem, gerando barulho, no caso, o trovão.
O Brasil é o país onde caem mais raios no mundo: os raios são mais comuns em locais de clima tropical. E dada a sua extensão territorial, é o Brasil o campeão mundial na incidência de raios, com cerca de 57,8 milhões de ocorrências por ano. E é mito pensar que eles caem longe de casa. Os cientistas do ELAT já verificaram o aumento das ocorrências nas grandes cidades, em relação às últimas décadas, devido ao quecimento global e a urbanização.
Um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar: como já constado no Rio de Janeiro, já que o ponto turístico Cristo Redentor é atingido todos os anos mais de seis vez.
Registro de raios no Rio de Janeiro. Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP
Para calcular a distância de um raio com o som: basta contar o tempo em segundos, do momento em que ver a luz do relâmpago até quando ouvir o som do trovão. Divida esse número por três e o resultado será aproximadamente a quantos quilômetros o raio caiu.
Caso um raio atingir o avião em que você está: não acontece nada. A estrutura de metal da aeronave funciona como uma blindagem para quem está dentro. Igual aconteceria com um carro. Mesmo assim, em geral, os aeroportos fecham em condições climáticas adversas que podem comprometer a segurança dos passageiros.
Os raios podem ter participado do processo que originou a vida na Terra: segundo a revista Superinteressante, há 3 bilhões de anos, a atmosfera da Terra ainda estava em formação e os raios e relâmpagos eram bem mais intensos e eles podem ter sido eles os responsáveis pela quebra de moléculas de amônia, metano, hidrogênio e vapor d'água, o que gerou a formação dos primeiros aminoácidos."
Fonte: Hora de Santa Catarina
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