Vacina contra a meningite oferecida pelos SUS |
“Causada por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos, a meningite é uma doença grave que pode deixar sequelas, como danos neurológicos, e até levar à morte”
“A
notícia
do falecimento
nesta sexta-feira, 1, do neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva,
de sete anos, voltou a atenção para uma doença silenciosa e
agressiva, que pode ser evitada através da vacinação.
Causada
por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos, a meningite é
uma doença grave que pode deixar sequelas, como danos neurológicos,
e até levar à morte. A forma bacteriana é a que costuma resultar
em mais complicações para os pacientes. No Brasil, o tipo mais
comum é o C, cuja vacina é oferecida pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
"Entre
as bactérias, o meningococo é a causa número um de meningite
bacteriana no País. É a que tem com maior frequência. A letalidade
da doença é de 20% e ela é muito agressiva. Em poucas horas, a
pessoa vai do estado normal para a morte. É uma doença
imprevisível", explica Marco Aurélio Sáfadi, professor de
infectologia da faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia
de São Paulo.
A
doença é transmitida pelo ar e causa inflamação nas meninges,
membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Entre os
sintomas, estão febre, mal-estar, dor de cabeça e rigidez no
pescoço.
Segundo
Sáfadi, que também é presidente do Departamento de Infectologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria, no caso de meningite bacteriana, o
tratamento é feito com antibióticos e pacientes que sobrevivem
podem ter sequelas.
"Normalmente,
eles têm sequelas neurológicas, cegueira, surdez e perda de membros
por necrose. As complicações atingem de 10% a 20% dos pacientes que
sobrevivem."
Os
pacientes também podem ter um quadro de meningococemia, quando há
uma infecção na corrente sanguínea, como aconteceu com o neto do
ex-presidente. "Ocorre uma proliferação da bactéria, que
chega no sangue e promove uma resposta inflamatória muito forte. A
resposta é tão intensa que pode promover um choque com queda
significativa da pressão. O paciente acaba sucumbindo", explica
Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio
Ribas.
A
vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença, segundo os
especialistas. O imunizante contra o tipo C, que é o mais frequente
no Brasil, está disponível na rede pública gratuitamente. Na rede
privada, existe a vacina contra os tipos A, B, C, W e Y.
"As
crianças imunizadas com esses perfis vacinais estão protegidas,
porque a eficácia da vacina é superior a 90%. Mesmo os que não
tiveram produção alta de anticorpos vão ter uma forma mais branda
da doença", diz Gorinchteyn.”
Fonte:
noticias ao minuto
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