quarta-feira, 5 de junho de 2019

Barão de Cocais: movimentação de talude em mina da Vale volta a ultrapassar 40 cm por dia

Parte de talude de mina da Vale se desprende em Barão de Cocais — Foto: Reprodução/TV Globo/Arquivo - 31/05



Entre esta terça-feira e essa quarta-feira, movimentação do paredão passou de 39,4 cm/dia para 40,9 cm/dia.

Por G1 Minas — Belo Horizonte

A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou, na tarde desta quarta-feira (5), que a velocidade de movimentação do talude que pode se romper na mina da Vale, em Barão de Cocais (MG), voltou a ultrapassar 40 cm por dia.

Desde segunda-feira (3), o paredão estava apresentando diminuição no ritmo de deslocamento. No domingo (2), a velocidade chegou a atingir 44,2 cm/dia; no dia seguinte, caiu para 41,7 cm/dia; na terça, chegou a 39,4 cm/dia.
De acordo com a ANM, este dado de deslocamento do talude se refere apenas à velocidade deste movimento e não representa mudança no status de alerta em relação a um possível rompimento. A Vale informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

Escorregamento

Na última sexta-feira (31), uma porção do talude se desprendeu e se acomodou no fundo da cava da mina. De acordo com a Defesa Civil do estado, o fragmento tinha cerca de 600 m². Segundo o major Marcos Afonso Pereira, considerando a dimensão do talude, isso representa menos que 1% da área.
A Vale informou que a Barragem Sul Superior, a 1,5 km do talude, não foi afetada pela queda da porção do paredão e que “as primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências”.
A princípio, a mineradora, a Defesa Civil e a ANM temiam que a constante movimentação do talude provocasse a sua queda de forma brusca. Em um cenário mais grave, a vibração do colapso poderia causar o rompimento da Barragem Sul Superior, que está em nível máximo de alerta desde março.
Esta barragem foi construída pelo método de alteamento a montante, o mesmo usado nas barragens que se romperam em Brumadinho e em Mariana."






Fonte: G1.com/MG

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