“O
presidente Jair
Bolsonaro (PSL)
revogou nesta terça-feira, 25, o decreto que facilita o porte e
posse de armas no país. Há uma semana, o plenário do Senado havia
suspendido os
efeitos do texto por 47 votos a 28. Após a votação, o decreto
seguiria para a análise da Câmara dos Deputados em regime de
urgência. Entretanto, foi publicada uma edição extra do Diário
Oficial da União que
oficializou o recuo do governo.
O decreto promovia
flexibilização para o acesso a armas. Entre elas, concedia o porte
a 20 categorias profissionais e ampliava de 50 para 5 mil a
quantidade de munições que poderiam ser compradas anualmente. A
medida também ampliava a possibilidade de importação de armas e
permitia que menores de 18 anos de idade, inclusive crianças,
praticassem tiro desportivo desde que autorizado pelos pais ou
responsáveis legais.
O Supremo Tribunal
Federal (STF) também questionava o decreto. O ministro Dias Toffoli,
presidente da corte, tinha marcado para o dia 26 de junho o
julgamento de cinco ações contra as alterações promovidas pelo
governo. As ações foram movidas pelo PSB, PSOL e pela Rede
Sustentabilidade.
Antes
da votação no Senado, o presidente pediu o apoio de seus
seguidores nas redes sociais para que cobrassem os senadores do seu
estado a rejeitarem projetos que anulassem os decretos que
flexibilizam a posse e o porte de armas de fogo. “Caso aprovado,
perdem os CACs [caçadores,
atiradores esportivos e colecionadores de armas],
que dificilmente terão direito de comprar legalmente suas armas”,
escreveu.”
Fonte: veja.com
A Anistia
Internacional pediu que decreto de armas de Bolsonaro fosse revogado
em 21 de maio de 2019. Segundo
o órgão, a medida vai contra as garantias do direito à vida,
podendo aumentar significativamente os índices de homicídios no
país.
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