BRASIL X MERCOSUL

Por J.J. Abdala, articulista aos domingos

"Mercado Comum do Sul é uma organização intergovernamental fundada a partir do Tratado de Assunção de 1991. Estabelece uma integração, inicialmente econômica, configurada atualmente em uma união aduaneira, na qual há livre comércio e política comercial comum entre os países-membros. Países este que englobam o bloco são: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Países Associados: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Tendo no momento alguns afastados ou suspensos do bloco e sobre análise.

A presidência do MERCOSUL é rotativa, e já deu o privilégio ao senhor Jair Messias Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil de ser o presidente do bloco de meados do segundo semestre de 2019 até dezembro do mesmo ano, quando passou o bastão ao presidente da República Paraguaia Sr.Mario Abdo Benítez. Ato este ocorrido no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves- RS, em dezembro passado.

Neste encontro na serra gaúcha brasileira, fizeram um retrospecto do Brasil à frente da presidência do MERCOSUL, pontos positivos e negativos. Temos que nos ater cuidadosamente aos impactos causados por declarações infundadas do governo brasileiro, da situação da instabilidade que o Brasil viveu até a aprovação da reforma da previdência, isso afeta diretamente a cotação do Dólar, obviamente interfere nos países-membros, na situação crítica da Argentina, grande parceiro comercial do Brasil, membro ativo do bloco, que passou por um ano de novas eleições presidenciais, ano este muito turbulento por lá, isso afeta direto sim ao Brasil, a dar início ao seu pãozinho de cada dia, devido à farinha de trigo grande parte dela vinda da Argentina, também do alto nível da inflação na Argentina e das indústrias automobilísticas brasileiras que importam para Argentina em grande escala. O Uruguai que também passou por novas eleições. A grave situação da Venezuela e Bolívia, tudo isso afeta em cheio o MERCOSUL.

O Brasil por ser o maior país-membro do MERCOSUL, tem grande relevância no bloco, tirando o fato de algumas declarações do governo brasileiro dito a outras nações, não foi de todo ruim a passagem de Jair Messias Bolsonaro na presidência do bloco. Sem sombra de dúvidas poderia ter sido pior. O que é justo é justo.

Pelo que podemos acompanhar em alguns anos, o Brasil sempre se conteve de forma moderada e passiva diante de outras nações, até mesmo para não enfraquecer suas relações internacionais já bem estabelecidas com diversas nações. Neste primeiro ano do novo governo, notamos algumas poucas diferenças nas atitudes do Brasil mundo afora, diferença essas que causam certo mal estar. Não que o Brasil tenha que aceitar tudo calado, a meu ver acho que a posição do Brasil diante do MERCOSUL é mais do que boa, e não se pode perder isso.

Neste caso em especial não sou oposição, quando estamos em um barco, sendo nós tripulantes ou passageiros, jamais de maneira alguma vamos remar contra a maré, ou torcer para que o barco afunde isso é extremante importante para que possamos de maneira pacifica construir, evoluir para uma nação da qual vivemos seja ela qual for atinja sua plenitude, pensamentos positivos só favorecem, mesmo que o governo não se comporte de forma adequada, ou esperada cada um faz a sua parte, claro que não podemos ser reféns de governo autoritários, imprudentes. Eu não sei ao certo qualificar aqui o justo impacto causado no MERCOSUL quando sua presidência estava em mãos brasileiras, porém no meu caso que tenho negócios em ambos os países sento no bolso os impactos.

Eu não quero me deter a críticas, porém todavia se o individuo que ser livre moralmente, ele tem que deixar de ser passivo intelectualmente."

O articulista J.J Abdala escreve aos domingos

Ele  reside no Paraguay. É graduado em Direito, ex-diplomata e Licenciado em comércio internacional e Ciências Políticas na Universidade Católica Nuestra Señora de La Asuncion.