segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Notícias locais: o filme Marighella de Wagner Moura teve exibição para poucos convidados


Primeiros a chegar na sala de exibição do edifício Manhattan, em Poços de Caldas
 
Por Ana Lúcia Dias

Na noite de quinta-feira, 16, foram convidados para uma exibição exclusiva para poucos, no Edifício Manhattan, em Poços de Caldas, do filme de Wagner Moura, Marighella. Foram feita tentativas de que a exibição fosse no cinema "ultravisão", no centro de Poços, de acordo com o ex-vereador (PT) Paulo Tadeu para que tivesse um público mais abrangente, mas sem sucesso. Afinal é a história do Brasil, que muitos querem apagar, mas que existiram. E que foram os responsáveis pela redemocratização, conquistada a duras penas por homens como Marighella, Alípio Freire, Vladimir Herzog entre outros e mulheres como a ex-presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra das mulheres, Eleonora Menicucci, Clara Charf, e muitas outras.

"Torre das Donzelas", Filme de Suzana Lira   -   Fonte: Guerrilhas da Memória


E tivemos o prazer de ter o presidente do PT, em Poços de Caldas, ex-vereador Paulo Tadeu apresentando o filme e contando fatos históricos. Como também a vice-presidente do partido Rede, Marcia Jeremias, que trabalha na Vigilância Ambiental de Poços de Caldas e o professor João, representando o partido Solidariedade, que nos conta sobre a dificuldade de produção audiovisual no governo Bolsonaro. O filme de Wagner Moura foi impedido de ser lançado no Brasil, em 2019. Essa explanação foi dividida em três vídeos:

Fonte: O Guardião da Montanha - Vídeo 1


Fonte: O Guardião da Montanha   - Vídeo 2


Fonte: O Guardião da Montanha - vídeo - 3


E que talvez depois de receber muitos elogios no exterior, o governo Bolsonaro se viu na obrigação de liberar em 2021, E "que este filme no Brasil deixa muito a desejar, apenas nas capitais seu lançamento foi concretizado e, exibido no circuito de cinemas. E em algumas universidades do país, por exemplo, em Minas: UNIFENAS e UNIFAL, parece que estamos assistindo algo proibido como nos anos de 1960, compara o prof. João.


O filme retrata a atuação de Carlos Marighella, na luta armada até seu assassinato por forças de repressão, comandadas pelo Delegado Sérgio Fleury, em 1969, interpretado pelo ator Bruno Gagliasso, no personagem Lucio.


Trailer do filme Marighella


No filme, a atuação da Clara Charf, a companheira de Marighella, que foi colocada

como a mulher à espera do companheiro, não como uma companheira de luta,

militante que ela foi. Será que Wagner Moura quis dar maior atenção à atuação de Marighella? Se bem que no filme estão presentes jovens mulheres militantes. E no filme Clara Charf é vivida pela atriz Adriana Esteves. Não que Marighella não tivesse tido outras mulheres, tanto que seu filho o Carlinhos é fruto de um casamento anterior na Bahia. Mas Clara,  


Dilma Abraça Clara
Fica a dúvida no ar… Será que o livro de Mário de Magalhães, no qual o filme foi baseado, ou será que foi o Wagner Moura que não quis? E não colocou a atuação de Clara Charf como uma militante comunista brasileira e ativista pelos direitos das mulheres, que muito antes de conhecer Marighella ingressou no Partido Comunista. Clara, que teve seus direitos cassados junto com Marighella, em 1964. Ela se exilou em Cuba logo após a morte do companheiro Marighella, em 1969. E apenas voltou ao Brasil, com aprovação da Anistia em 1979. É filiada ao PT (Partido dos Trabalhadores), foi candidata a deputada estadual pelo PT na capital paulista, em 1982. A Clara Charf, está atualmente com 96 anos. Abaixo no vídeo a própria Clara Charf fala do companheiro Marighella emociona-se, e conta um pouco de sua biografia. Uma mulher guerreira. Uma canceriana rebelde!


Fonte:  Guerrilhas da Memória         

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