segunda-feira, 25 de julho de 2016

Em uso há 20 anos, Fosfo começa hoje a ser testada em humanos

Há mais de 25 anos a substância Fosfoetanolamina Sintética é utilizada por pacientes de câncer para debelar a doença. Mas, ironicamente, nesta segunda-feira (25) é a data oficial que poderá determinar sua eficácia e consequente indicação para pacientes de todo o país. Isso porque o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo deu início aos estudos que pretendem analisar o resultado oficial da substância no corpo humano.

A princípio dez pessoas serão analisadas. Esse primeiro grupo determinará a segurança da dose, e se não houver efeitos colaterais, a pesquisa muda de fase, abrangendo mais 200 pacientes.

Serão avaliadas as reações em dez tipos de câncer: cabeça e pescoço, mama, pulmão, colo, fígado, pâncreas, melanoma, estômago, colo uterino e próstata. Os testes devem avançar e, se os resultados obtidos nas fases forem positivos, mil pessoas participarão do processo, recebendo doses da pílula.

Os testes com 210 pacientes devem durar seis meses, e só começaram após aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde. Paulo Hoff, oncologista e diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, descreveu como será o procedimento: "benefício tende a acontecer nos primeiros dois a quatro meses. Pacientes que não tiverem benefícios em quatro meses, dificilmente apresentarão benefício tardio. isso para qualquer tipo de tratamento contra o câncer. Mas vamos dar ao produto toda a possibilidade para que mostre o benefício, o tempo que for necessário".

Defensor público que acompanhou todo o processo que antecedeu a liberação dos testes em humanos disse que o uso da terapia não pode ser negado.

Daniel Macedo defendeu que os testes clínicos sejam realizados de forma séria para constatar a segurança da "pílula do câncer": "não estou dizendo que a fosofetanolamina é a cura do câncer. Não estamos afirmando o abandono dos tratamentos convencionais. O que queremos é que ocorra os testes clínicos, com credibilidade".

A Furp (Fábrica de Remédios do Governo do Estado), encaminhou para os testes no Icesp a substância sintetizada em um laboratório de Cravinhos. Segundo o governo, o pesquisador da USP de São Carlos, Gilberto Chierice,que iniciou a produção da substância, acompanha essa fase de testes.”  Saiba mais
               
Fonte: Conexão jornalismo                    O Guardião da Montanha - Jornal on-line

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