É o início oficial da operação de segurança das Forças Armadas para os Jogos Olímpicos de 2016
“Militares
ocupam desde a primeira hora deste domingo (24) a orla do Rio de
Janeiro e instalações estratégicas da capital fluminense, como
estações de trem, de distribuição de água e de energia e as
usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2 e a Refinaria Duque de Caxias
da Petrobrás. É o início oficial da operação de segurança das
Forças Armadas para os Jogos Olímpicos de 2016, iniciada em meio ao
aumento de alerta para ataques terroristas.
Blindados
foram posicionados nas vias expressas e na Transolímpica, que liga
a Barra da Tijuca a Deodoro, na zona oeste, bairros com as
principais arenas olímpicas. Vinte e dois mil praças e oficiais
estarão no Rio, durante os Jogos. Serão 47 mil agentes de
segurança, levando-se em conta as outras forças, como Polícias
Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal e Força Nacional de
Segurança.
A
maior preocupação é com os chamados "lobos solitários",
terroristas que agem sozinhos, sem vínculos com organizações e
recrutados a partir da internet. A prevenção contra esse tipo de
ação se daria por meio do controle de fontes humanas (informantes
infiltrados), acompanhamento de alvos (vigilância secreta de
suspeitos) e ações em todo o território nacional.
O
plano proposto pela Abin também incluiu o monitoramento de redes
sociais, cooperação com instituições nacionais e articulação
com serviços de inteligência estrangeiros. Havia ainda preocupações
legais com a tipificação do crime de terrorismo (aprovada pelo
Congresso Nacional após longa e polêmica discussão), interceptação
de comunicações e escuta ambiental.
"Infelizmente
você tem situação em que pessoas desequilibradas, psicopatas,
suicidas procuram ter relações com esses grupos terroristas para
ter uma desforra ou fazer ajuste com a sociedade, com o mundo que lhe
parece extremamente adverso. Daí a dificuldade adicional que você
tem de lidar com essa forma de terrorismo, que não é o clássico,
com organização centralizada, com pessoas treinadas, doutrinadas,
que recebiam missões e as executavam", afirmou o ministro da
Defesa, Raul Jungmann.
A
Agência Brasileira de Inteligência (Abin) considerou que dez
delegações seriam as mais "sensíveis". A lista é
integrada por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Egito,
Irã, Iraque, Síria, Rússia e Israel. Sob risco médio, foram
colocados sete países: Alemanha, Austrália, Dinamarca, Espanha,
Holanda, Jordânia e Noruega. O Brasil ficou na terceira relação, a
de nações sob risco baixo.
Neste
domingo, com a abertura da Vila Olímpica, iniciam-se também as
restrições do espaço aéreo. O objetivo é proteger as delegações
que vão se movimentar pela cidade. Nem mesmo voos de asa-delta e
parapente estão permitidos. A Força Aérea Brasileira também vai
controlar o uso de drones. Tudo pela segurança." Com informações do
Estadão Conteúdo.
Fonte:
Estadão conteúdo
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