“Afundada pela
retração econômica, a carga tributária bruta brasileira – ou
seja, o quanto é pago de impostos em relação ao Produto Interno
Bruto – caminha para registrar, este ano, seu nível mais baixo
desde 2001. É o que aponta o estudo Termômetro Tributário,
elaborado pelos economistas José Roberto Afonso, professor do
Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e Kleber Pacheco de
Castro, doutorando em Economia pela Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ).
Em matéria
divulgada no jornal O Estado de São Paulo, eles estimam que o total
de impostos e contribuições pagos pelos contribuintes brasileiros
aos governos federal, estaduais e municipais chegará ao final deste
ano a 33,15% do Produto Interno Bruto (PIB). “Esse resultado
significaria uma queda de 0,2 ponto do produto neste ano e, ficando
abaixo de 33,2% do PIB, seria o menor índice desde 2001”, afirma o
estudo. Naquele ano, a carga tributária foi de 32,05% do PIB. O
nível mais alto foi registrado em 2008, com 34,76%.
O Termômetro é
calculado mês a mês, com o objetivo de antecipar o comportamento da
carga tributária no ano. Ele toma por base os principais tributos
recolhidos por União e Estados. A partir deles, é feita uma
extrapolação que se aproxima da carga nacional. O resultado,
alertam os pesquisadores, não é igual ao da Receita Federal, que
faz uma conta semelhante. A tendência, porém, é coincidente com o
dado oficial.
Anúncio de
privatizações fica para depois do julgamento do impeachment
O primeiro pacote
de concessões e privatizações do governo Michel Temer deverá ser
anunciado em meados de setembro. O Palácio do Planalto decidiu
aguardar a aprovação pelo Congresso da medida provisória que criou
o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), responsável pela
gestão da iniciativa, para lançar as medidas.
Há receio de que
a indefinição sobre a estrutura do PPI e o cargo do
secretário-executivo do programa, Moreira Franco, crie insegurança
jurídica, afastando investidores e prejudicando negócios.
A medida
provisória foi editada em maio, e o seu prazo acaba em 8 de
setembro. Para evitar que ela prescreva, o presidente interino
mobilizou seus aliados no Congresso para votá-la na semana que vem
na Câmara e no início de setembro no Senado.
Professores e
mulheres devem ter transição especial na previdência
O ministro-chefe
da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou na última quinta-feira (18)
que o presidente interino Michel Temer solicitou que os estudos para
a proposta de reforma da Previdência incluam um período de
transição especial para mulheres e professores.
Padilha coordena o
trabalho para definir as novas regras, com o argumento de tentar
equacionar, a longo prazo, o déficit da Previdência. A proposta
inclui aumentar a idade mínima para a aposentadoria e unificar os
sistemas de previdência pública e privada.
A ideia é elevar
a idade mínima de 60 para 65 anos, para os homens, e de 55 para 60
anos, no caso das mulheres.
“O presidente
Temer me pediu apenas uma exceção: que o grupo que eu coordeno
observe para as mulheres e os professores uma transição mais longa,
para que não seja abruptamente elevada essa diferença de idade com
relação à idade mínima para os homens (de outras profissões)”,
disse o ministro, em entrevista no Rio.
Mercado
financeiro
O mercado
financeiro amanheceu especulando sobre a reunião de emergência que
acontecerá na tarde dessa sexta-feira (19) convocada pelo presidente
interino Michel Temer que deverá contar com a presença de
integrantes da equipe econômica e núcleo político do governo.
O Ibovespa,
principal benchmark da Bolsa de Valores de São Paulo, opera as 12h00
em baixa de -0,48% com 58.922 pontos. Enquanto o dólar apresenta
desvalorização de -0,28%, negociado a R$ 3,22.”
Este artigo foi escrito por
Redação Dinheirama
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!