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Por
Márcia
Maria Cruz - EM
"Com
altos índices de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) em Belo Horizonte,
o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde, João
Pinho,
afirmou que o governo de Minas pode transferir pacientes da capital
para hospitais
do interior. A
afirmação foi feita em entrevista coletiva nesta terça (7) sem a
presença do secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
"Se no futuro a região Centro for a mais afetada, a gente tem
possibilidade de fazer o transporte. Se necessário, a gente levaria
pacientes de Belo Horizonte para o interior", disse. João
Pinho afirmou que o transporte de doentes entre municípios é
previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, quando uma cidade não
tem leitos disponíveis, o próprio sistema indica para onde o
paciente deve ser encaminhado. No entanto, o fluxo habitual é
pacientes de cidades do interior para BH. "Esse transporte
de paciente é uma característica inerente ao Sistema Único de
Saúde. O funcionamento do acesso ao leito já é dessa forma",
disse. Explicou ainda que, quando um médico inclui, no
sistema, a necessidade de internação, se a região ou cidade do
paciente não possuir leito disponível, o regulador pode fazer o
remanejamento. "O médico regulador busca, na proximidade, a
cidade que tem capacidade de atender. Isso vai acontecer tanto do
interior para Belo Horizonte, quanto de Belo Horizonte para o
interior", completou. De acordo com João Pinho, a
ocupação da Região Centro, em que Belo Horizonte é a cidade polo,
está em torno de 80%, portanto ainda há capacidade para receber
pacientes. O chefe de gabinete ainda ressaltou que o governo ampliou
a oferta de leitos de UTI no interior para reduzir a vinda de
pacientes para a capital.A capital registrou a maior taxa de ocupação
de UTI desde o início da pandemia pelo novo coronavírus no domingo
(5). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 91%
dos leitos para
pacientes da COVID-19 estavam ocupados.
Ampliação de leitos em Minas
Do
início da pandemia até o momento, segundo Pinho, o Estado ampliou o
número de leitos de UTI, passando de 2.072 para 3.351. A abertura de
um leito de terapia intensiva, conforme salientou, tem que levar em
conta a atuação de uma equipe especializada. Essa exigência
fez com que o governo priorizasse a abertura em hospitais que já
tinham leitos de terapia intensiva. Conforme Pinho, é mais fácil
ampliar de 10 para 20 leitos um hospital habilitado, do que ampliar
de zero para cinco em um hospital que não tenha expertise para o
atendimento de alta complexidade. Outro ponto que possibilitou
criar mais leitos na rede pública foi a aquisião de 1.047
respiradores. Pinho afirmou que Minas conseguiu fazer a compra por
uma das cotações mais baixas em todo o Brasil, R$ 60 mil por
aparelho. Até o momento, o Estado investiu R$ 1 bilhão na compra de
respiradores, equipamento de proteção individual (EPIs),
medicamentos e em repasses diretos aos municípios."
Fonte:
em.com.br
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