"A
ciência acaba de "descobrir" algo que os praticantes da
meditação e da ioga vêm afirmando há milênios: o ritmo da
respiração de fato muda o nosso cérebro, por meio de uma atividade
elétrica mensurável.
E
essa atividade elétrica, no mínimo, melhora os julgamentos
emocionais e a recordação de eventos passados.
Mais
do que isso, os efeitos sobre o comportamento que os cientistas
aferiram até agora dependem criticamente se a pessoa está
inspirando ou expirando, ou se ela está respirando através do nariz
ou da boca.
A
expectativa é que a documentação desses efeitos dê um novo
incentivo à pesquisa acadêmica dessas práticas que se originaram
como atividades espirituais, mas que vêm demonstrando efeitos
fisiológicos benéficos para um sem-número de condições médicas
e psicológicas.
Respiração, emoções e memória
Respiração, emoções e memória
Durante
os experimentos, os voluntários precisavam identificar um rosto
expressando medo. E eles fizeram isso muito mais rapidamente quando
viam o rosto durante a inspiração do que durante a expiração. Os
voluntários também se mostraram mais propensos a se lembrar de um
objeto quando o viam durante a inalação do que durante a exalação.
Os dois efeitos desaparecem quando a respiração é feita através
da boca.
"Uma das principais descobertas deste estudo é que há uma diferença dramática na atividade cerebral na amígdala e no hipocampo durante a inalação em comparação com a expiração. Quando você respira, você está estimulando neurônios no córtex olfatório, amígdala e hipocampo, tudo através do sistema límbico," explicou a Dra. Christina Zelano, da Universidade Northwestern (EUA).
"Uma das principais descobertas deste estudo é que há uma diferença dramática na atividade cerebral na amígdala e no hipocampo durante a inalação em comparação com a expiração. Quando você respira, você está estimulando neurônios no córtex olfatório, amígdala e hipocampo, tudo através do sistema límbico," explicou a Dra. Christina Zelano, da Universidade Northwestern (EUA).
Os
participantes também apresentaram diferença na resposta dependendo
das emoções envolvidas.
Por exemplo, os efeitos observados com um rosto expressando medo não
se repetiram quando o rosto visto expressava surpresa.
"Se
você está em um estado de pânico, seu ritmo de respiração se
torna mais rápido," interpreta a professora Christina. "Assim,
você gastará proporcionalmente mais tempo inalando do que quando
está em um estado de repouso. Desta forma, a resposta inata do nosso
corpo ao medo, com uma respiração mais rápida, pode ter um impacto
positivo sobre o funcionamento cerebral e resultar em tempos de
resposta mais rápidos para estímulos perigosos no ambiente."
Sincronização
cerebral
Outro insight da
pesquisa é quanto aos mecanismos básicos da meditação ou
da respiração consciente, diz a pesquisadora.
"Quando
você inspira, você está de certo modo sincronizando as oscilações
cerebrais através da rede límbica," observou Christina.”
O
estudo foi publicado no Journal of Neuroscience.
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