"Com votação desta terça-feira, a medida pode ser promulgada e entrar em vigor; os senadores analisam mudanças no texto"
Por
Da redação
da Veja
“O
Senado aprovou nesta terça a votação, em segundo turno, da PEC
do
Teto,
por 53 votos a 16.
A
sessão se iniciou 11h e o processo se encerrou às 14h42. A medida
que limita
o aumento dos gastos
federais
durante 20 anos à inflação do ano anterior é considerada peça
chave do ajuste econômico proposto pelo governo Michel Temer. A
PEC havia
sido aprovada no Senado em primeiro turno, por 61 votos a 14, no
dia 29 de novembro. Como a proposta também já passou pela Câmara –
cuja última aprovação se deu no dia 29 de outubro – ela poderá
ser promulgada, o que está previsto para acontecer nesta
quinta-feira.
A
PEC é
rejeitada por 60% da população, segundo pesquisa do Datafolha
divulgada nesta terça. O levantamento indica também que, para
62% dos entrevistados, a PEC
trará mais prejuízos do que benefícios, enquanto 19% acreditam que
ela será mais benéfica que prejudicial. O instituto ouviu 2.828
pessoas nos dias 7 e 8 deste mês.
Destaques
Os
senadores recusaram dois destaques – nome dado a propostas de
pequenas mudanças no texto principal – que tratavam sobre o
reajuste do salário mínimo e o piso obrigatório para a saúde e
educação. Em relação ao piso, rejeitado por 52 votos a 19 –
apenas três a mais que o necessário – senadores da oposição
fizeram apelo para convencer quem havia votado pela PEC para manter
na Constituição os limites atuais sobre esses gastos. O argumento
era de que, apesar de ser uma mudança no texto, ela poderia ser
feita de forma com que não houvesse necessidade de a matéria voltar
à Câmara, o que retardaria a promulgação da norma.
Obstrução
A
oposição tentou obstruir a votação, com requerimentos
no início da sessão para adiar o processo em razão do pouco tempo
de debate. O argumento é que a manobra feita pelo presidente do
Senado, Renan Calheiros, de marcar três
sessões num mesmo dia, na última semana, para cumprir o prazo
necessário para que a PEC fosse voltada nesta terça, prejudicou a
discussão. Os pedidos de adiamento, contudo, foram negados.
Além
disso, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM) entraram
nesta segunda-feira, no Supremo com um novo mandado de segurança
para suspender a tramitação da PEC do Teto no Senado. As senadoras
alegaramm não haver urgência que justifique “tamanha pressa” na
alteração constitucional e defendem ser necessário garantir “o
direito dos senadores ao debate que deveria anteceder a votação”.
O pedido foi negado pelo relator do processo, ministro Luís Roberto
Barroso, na manhã desta terça-feira .”
Fonte: Veja.com
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