segunda-feira, 20 de março de 2017

Contra a febre amarela, macacos são aliados, e não inimigos





Os macacos servem como um sistema de alerta, permitindo a adoção de ações
 preventivas para proteger os humanos.
[Imagem: Divulgação]












Redação do Diário da Saúde

"O Ministério da Saúde lançou uma campanha para que a população ajude a proteger - e não mate - os macacos.


O número de animais mortos cresceu muito com o atual surto de febre amarela, que já se espalha por várias partes do país.




Como os macacos também são afetados pela doença, os animais costumam aparecer mortos assim que o vírus da febre amarela se dissemina por uma região. Isto tem levado a que pessoas matem os macacos como se eles fossem responsáveis pela doença - na verdade, a febre amarela é transmitida para os humanos por pernilongos.

"Eles servem como anjos da guarda, como sentinelas da ocorrência da febre amarela", explica Renato Alves, do Ministério da Saúde. "É importante que a gente mantenha esses animais sadios e dentro do seu ambiente natural, porque a detecção da morte de um macaco, que potencialmente está doente de Febre Amarela, pode nos dar tempo para adotar medidas de controle para evitar doença em seres humanos."        


Informações e denúncias
A febre amarela é uma doença que se mantém no ambiente, em um ciclo silvestre, e é transmitida por mosquitos. O macaco é importante, pois serve como indicador da presença do vírus em determinada região.

O vírus da febre amarela silvestre é transmitido por mosquitos (gêneros Haemagogus e Sabethes).

"É importante que a população tenha plena consciência de que os macacos não são responsáveis pela existência do vírus e nem por sua transmissão a humanos. Eles precisam ser protegidos. A morte desses animais traz enorme desequilíbrio ambiental, que não pode ser agravado pela ação do homem", ressaltou o diretor de Conservação e Manejo de Espécies do Ministério do Meio Ambiente, Ugo Vercillo.

Caso a população encontre macacos mortos ou doentes, deve informar o mais rapidamente o Serviço de Saúde do município ou do estado onde vive ou pelo número de telefone 136. Além disso, é possível denunciar a matança ou maus tratos de macacos pela Linha verde do Ibama (0800 61 8080). Na denúncia, podem ser encaminhadas fotos e vídeos que auxiliem na identificação do crime e de quem o cometeu, através do e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br.”


Fonte: Diário da Saúde

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