segunda-feira, 20 de março de 2017

Trabalho noturno atrapalha relógio biológico e provoca caos no metabolismo



 Com informações da BBC

Trabalhar de madrugada pode provocar um "caos" no corpo humano e causar danos à saúde a longo prazo.

A rapidez e a gravidade dos danos causados por ficar acordado até tarde foi "uma surpresa", segundo os autores do estudo.

O corpo humano segue um ritmo natural próprio, com o relógio biológico programado para ativar a maioria das funções biológicas durante o dia e desligar à noite.
Alterar isso de forma radical, invertendo os turnos, pode causar sérios efeitos colaterais, como alterações dos hormônios, do humor, da atividade cerebral, da temperatura corporal e do desempenho físico.

Os pesquisadores acompanharam 22 pessoas que trabalhavam durante o dia e que foram transferidas para turnos noturnos.

Caos do tempo
Exames de sangue mostraram que, em média, 6% dos nossos genes são programados para ficar mais ou menos ativos, atuando em sintonia com momentos específicos do dia. Uma vez que os voluntários passaram a trabalhar à noite, essa sintonia genética ficou desarranjada.

"Quase todos os genes ficaram fora de sintonia por causa da falta de sono", afirma Simon Archer, da Universidade de Surrey (Reino Unido). "E isso explica porque nos sentimos tão mal quando ficamos com jet lag ou se temos de trabalhar em turnos alternados."

O professor Derk-Jan Dijk acrescentou que todos os tecidos do corpo têm seu próprio ritmo durante o dia, mas que ao ficarem "acordados" à noite, perdem sua sincronia, podendo causar danos mais sérios a longo prazo, como aceleração dos batimentos cardíacos,  obesidade e alterações no funcionamento dos rins e do cérebro.

"É um caos. É como viver em uma casa onde há um relógio em cada cômodo e cada um marcando uma hora diferente", disse ele.

No ano passado, um estudo realizado na USP também concluiu que o trabalho noturno causa problemas ao sono e à saúde.

Para aqueles que não têm escolha, uma solução pode ser usar luz azul para regular o relógio biológico.”

Fonte: BBC - Brasil   

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