"Solicitação está nas mãos do recém-chegado ministro Alexandre de Moraes. Teori Zavascki já havia rejeitado a liminar em outubro de 2016"
Ex-presidente Dilma Rousseff (Evaristo Sá/AFP) |
“A
defesa da ex-presidente
Dilma Rousseff
apresentou
nesta quarta-feira um novo pedido de liminar ao Supremo
Tribunal Federal (STF) para
tentar anular o impeachment que a tirou definitivamente do cargo em
agosto de 2016. O processo caiu nas mãos do ministro
recém-chegado Alexandre de Moraes,
que assumiu os casos do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente
aéreo em janeiro deste ano.
Teori
já havia indeferido a liminar em outubro do ano passado, dizendo que
“não havia risco às instituições republicanas, ao estado
democrático de direito ou à ordem constitucional”, uma vez que o
então vice-presidente Michel
Temer
havia
ocupado o cargo da titular da chapa. Na ocasião, o ministro ainda
escreveu que levaria para o plenário do STF apreciar o mérito do
caso.
Nesta quarta-feira, o
advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, citou as denúncias da
delação de executivos da JBS que levaram Temer a ser alvo de
inquérito no STF por crimes de corrupção, obstrução da Justiça
e organização criminosa para reforçar o pedido de invalidação do
impeachment.
“O quadro institucional
do nosso país passou a sofrer uma forte e acentuada deterioração.
Sua Excelência, o Presidente da República, por revelações que se
tornaram fatos notórios, firmadas a partir de delações premiadas
homologadas por este STF, foi atingido frontalmente por denúncias de
corrupção e de tentativa de obstrução da Justiça. Em decorrência
disso, o país passa por hoje por uma crise política e institucional
aguda, em dimensões nunca antes vivenciadas. A cada dia se evidencia
mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual Presidente da
República permanecer no exercício de um mandato, para o qual não
foi eleito, e em que foi indevidamente investido por força de um
processo de impeachment escandalosamente viciado e sem motivos
jurídicos que pudessem vir a justificá-lo”, escreveu Cardozo no
texto.
Por fim, o advogado faz
um apelo a Moraes para que analise com a “máxima urgência” o
pedido e que, se não for atendê-lo, coloque-o com celeridade para
apreciação do plenário da Corte.”
Fonte: Veja
Suas matérias são excelentes!!
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