Por: George Dvorsky
“Manter
as mãos limpas é a melhor maneira de prevenir a propagação de
infecções, por isso é surpreendente saber que o órgão americano
CDC (Centers for Disease Control) e a Organização Mundial da Saúde
(OMS) discordam sobre como fazer isso direito. Um novo estudo mostra
qual técnica de higienização é a melhor.
Pesquisadores
da Glasgow Caledonian University mostram que a prática da OMS de
higienizar as mãos em seis passos é superior ao protocolo
de três passos do CDC –
que envolve esfregar o dorso das mãos, os espaços entre os dedos e
a parte interna das unhas.
O
estudo se trata sobre limpar as mãos com álcool, mas é
definitivamente algo para se usar em casa: os mesmos princípios que
se aplicam a esta solução antibacteriana valem para o sabonete
também.
Em
um ensaio clínico randomizado, uma equipe de pesquisa liderada por
Jacqui Reilly acompanhou 42 médicos e 78 enfermeiros de um
hospital-escola para emergências enquanto eles lavavam as mãos com
uma solução à base de álcool.
Metade
dos participantes lavou as mãos usando a técnica da OMS; a outra
metade usou a técnica do CDC. Depois, as mãos deles foram
analisadas para descobrir o acúmulo de bactérias.
Os
resultados mostraram que a técnica de seis passos foi mais eficaz,
reduzindo a contagem microbiana mediana de
3,28 para 2,5.
Enquanto isso, a técnica de três etapas reduziu a contagem
bacteriana de 3,08 para 2,88.
“O
estudo fornece a primeira evidência de um estudo randomizado
controlado de que a técnica em 6 etapas é superior”, dizem os
autores do estudo, que foi publicado na revista Infection Control &
Hospital Epidemiology.
O
método de seis passos é claramente mais completo, e agora existe um
estudo científico para comprovar isso. No entanto, a técnica da OMS
é um pouco mais demorada e exige 42,5 segundos, contra 35 segundos
com o método do CDC.
E,
infelizmente, dos participantes que usaram o método da OMS, apenas
65% o seguiram à risca ao lavar as mãos, mesmo tendo sido
instruídos para tanto e mesmo sendo observados – ou seja, eles
estavam andando com mãos mais sujas do que deviam. Agora, o desafio
é saber como melhorar a adoção dessa técnica por parte da
comunidade médica, e por pessoas em geral também.
Foto: offthelefteye/CC0
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