Clareamento
dental
“O
clareamento dental feito apenas com a aplicação de luz violeta é
tão eficaz quanto os métodos já conhecidos e utilizados pelos
dentistas.
A
eficácia da técnica de luz foi comprovada por Vitor Hugo Panhóca,
pesquisador e do Instituto de Física da USP em São Carlos (SP).
Ao
contrário da luz ultravioleta, a violeta é uma luz visível e não
ionizante. Isso significa que ela pode ser vista, da mesma forma que
se enxerga a luz de uma lâmpada incandescente ou fluorescente.
Riscos
do peróxido e hipersensibilidade
Hoje, o
clareamento dental pode ser feito de várias maneiras e, apesar de
muitas pessoas fazerem o procedimento com métodos caseiros, muitos
pacientes optam por realizá-lo em consultórios odontológicos, nos
quais a técnica é baseada na aplicação de um LED azul, em
conjunto com gel de peróxido de hidrogênio, ou água oxigenada
concentrada (H2O2).
Quando é
aplicada nos dentes, a luz excita o gel, que libera substâncias
responsáveis por quebrar os pigmentos que mantêm os dentes com
aquele aspecto amarelado. Mas há o risco de "contato do gel com
os tecidos moles, como gengiva e bochecha. A interação do peróxido
com esse tipo de tecido pode causar danos irreversíveis, como
câncer," explica Vitor Hugo.
Clareamento
com luz violeta
Com o
tratamento com luz violeta, dispensa-se o uso do gel. Além da
eliminação do risco de contato com a substância, os pacientes
livraram-se também da hipersensibilidade que geralmente ocorre como
efeito colateral do branqueamento.
"Observamos
que a luz violeta tem energia suficiente para quebrar os pigmentos do
dente, da mesma maneira que os géis fazem. A diferença é que,
enquanto os géis de peróxido agem de modo mais químico, a luz atua
de maneira mais física," explica o pesquisador.
"É
importante ressaltar que o clareamento dental não depende apenas da
técnica utilizada, mas, também, do tipo de mancha que o paciente
tem. Os pigmentos de manchas orgânicas, causadas por corantes, como
o de café, são os mais fáceis de se quebrar", ressalta Vitor
Hugo, acrescentando que as manchas inorgânicas, que podem ser
provocadas por contaminação de sangue em caso de trauma dental, são
mais difíceis de remover.”
Fonte: USP e Diário da Saúde
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