"De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o suicídio é a
terceira causa de mortalidade no mundo e a cada 40 segundos uma
pessoa tira a própria vida. Os jovens estão entre os mais afetados
pelo suicídio, que é a segunda causa de morte para pessoas com
idade entre 15- 29 anos. Assim, o suicídio é um problema grave que
precisa ser melhor discutido. O suicídio ainda é tabu em nossa
sociedade, mesmo com o crescimento das taxas de mortalidade em
decorrência do suicídio, há muitos mitos relacionados ao tema e as
pessoas tem dificuldade de conversar sobre o assunto. Está também aumentando o suicídio entre as pessoas da terceira idade, os motivos são: a depressão, desesperança, desespero e desamparo.
Casos no Brasil de suicídio entre pessoas de terceira idade
Casos no Brasil de suicídio entre pessoas de terceira idade
Falar
sobre suicídio de forma responsável pode auxiliar as pessoas a
compreenderem melhor esse problema, reduzir mitos, preconceitos e
barreiras no reconhecimento de situações de risco e busca ou oferta
de ajuda. O termo suicídio vem da junção dos termos sui (si
mesmo) e caederes (ação
de matar), ou seja, suicídio é um ato intencional de tirar a
própria vida. Entretanto o suicídio geralmente é precedido por
outros comportamentos como a ideação suicida (ideias de provocar a
própria morte), o plano suicida (de que forma a pessoa planeja tirar
a própria vida) e a tentativa de suicídio.
O
suicídio está ligado ao sofrimento (percebido como insuportável e
duradouro), impulsividade, pensamentos negativos, sensação de
incompreensão ou falta de apoio de outras pessoas, esgotamento,
dificuldade em encontrar alternativas para a solução de conflitos e
pedidos de ajuda (nem sempre muito claros). Além dessas
características, existem quatro características muito importantes
entre pessoas em risco de suicídio, são os chamados 4 D’s:
depressão, desesperança, desespero e desamparo. Qualquer sinal de
risco, ideação ou tentativa de suicídio devem ser levado a sério.
Talvez
você já tenha ouvido falar que “quem fala que quer se matar, não
se mata”. Isso é um mito que pode prejudicar a prevenção do
suicídio, pois, muitas pesquisas já mostraram que grande parte das
pessoas dão sinais ou falam sobre seus pensamentos suicidas antes de
morrer.
Outro
mito importante que precisa ser discutido é que “conversar sobre
suicídio induz a pessoa a querer tirar a própria vida”. Em geral,
é preciso tratar esse assunto de forma cuidadosa e respeitosa, mas é
muito importante conversar abertamente sobre o tema, pois isso pode
ajudar a pessoa em risco a conseguir ajuda.
É
importante entender que quem pensa em suicídio não quer
necessariamente morrer, mas geralmente busca colocar fim a uma
situação dor insuportável que parece não ter fim. Além disso,
com frequência pessoas que tentam (ou morrem por) suicídio
experimentam, ao mesmo tempo, o desejo de colocar fim à dor ou à
vida, mas também o desejo de continuar a viver. Se alguém falar
sobre suicídio com você, tome cuidado para não julgar a pessoa,
desqualificar a dor que ela sente ou comparar essa dor com a de
outras pessoas que estão passando por problemas. Cada um sente à
sua maneira e é importante escutar a pessoa com atenção para
oferecer apoio.
A
pessoa tenta dar uma solução definitiva para uma situação
provisória. Pode ser útil conversar com a pessoa para que ela evite
tomar decisões importantes ou drásticas quando se sente mal, triste
ou desesperada. Pessoas em risco de suicídio precisam ser escutadas
com atenção e sem julgamentos para que possam reorganizar suas
ideias, sentimentos e seu comportamento como um todo.
É
importante saber que o comportamento suicida é multifatorial e que
não existe um fator único que possa explicar o motivo pelo qual um
suicídio acontece. Vários fatores de risco ou de proteção
individuais (biológicos, psicológicos), história de vida, fatores
culturais e estressores estão envolvidos no suicídio. Então, não
devemos olhar para esse assunto de forma superficial. Assim, a
prevenção do suicídio pode ser desenvolvida de várias formas. Em
geral, tudo o que promove a saúde mental, a qualidade de vida
e o bem-estar das pessoas está relacionado à prevenção do
suicídio.
Se
você conhece alguém ou está passando por isso, peça ajuda!
O CVV (Centro
de Valorização da Vida), oferece apoio emocional, atendendo
voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam
conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24
horas, todos os dias. O número do telefone é 188 #LIGUE188.”
Fonte:
Centro de Educação em Prevenção e Posvenção do Suicídio - CEPS
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