Recentes declarações de Bolsonaro desgastaram sua relação com o ministro Sergio Moro (Marcos Correa/PR/AP) |
Da
Redação
“O
presidente Jair
Bolsonaro voltou
a colocar em dúvida, neste sábado, 31, a possibilidade de indicar o
ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio
Moro,
a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF),
e acenou para outro auxiliar cotado, o advogado-geral da União,
André Mendonça. Até o fim de seu mandato, o presidente terá ao
menos duas vagas na Corte para preencher.
“Não
existe nenhum compromisso meu com Moro”, afirmou o presidente, em
almoço no quartel-general do Exército, em Brasília. “Tem que
ver. Como o Senado avaliaria ele hoje?”, questionou. Também neste
sábado, Bolsonaro disse que o ex-juiz federal é “ingênuo” e
que lhe falta “malícia”. As declarações ocorrem no momento em
que Moro passa por um processo de fritura no governo.
O
presidente participou de um churrasco no quartel-general do Exército,
em Brasília. Pouco depois de entrar, o presidente mandou os
seguranças convidarem um grupo de jornalistas e motoristas da
imprensa que o esperavam na porta para participar do evento. Ele
conversou por cerca de uma hora e meia com seis jornalistas.
Enquanto
diz não ter compromisso em indicar Moro ao STF, Bolsonaro tem dito
que pretende reservar uma das vagas a alguém “terrivelmente
evangélico”. Questionado durante o almoço se este nome seria o do
AGU, André
Mendonça,
que é reverendo da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, o
presidente disse que o auxiliar é “terrivelmente supremável”.
Outro nome sempre lembrado para a vaga é o do juiz Marcelo Bretas,
responsável pela Lava Jato no Rio, que também é evangélico.
A indicação de
ministros do Supremo é uma atribuição do presidente da República,
que depois precisa ser aprovada pelo Senado, após a realização
de uma sabatina.
Em maio, em uma
entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro chegou a afirmar que, ao
convidar Moro para integrar sua equipe de ministros, comprometeu-se a
indicá-lo para a primeira vaga que fosse aberta no STF. Dias depois,
porém, voltou atrás e disse que não houve um acordo, mas sim que
gostaria de alguém com o perfil do ex-juiz da Lava Jato na Corte. O
ministro também sempre negou que houvesse qualquer compromisso.
O primeiro ministro do
Supremo que deve deixar a corte é o decano Celso de Mello, que
completa 75 anos – a idade de aposentadoria obrigatória – em
novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar disponível com a
aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.
Na mesma ocasião,
Bolsonaro também afirmou que já decidiu vetar nove pontos do
projeto de lei do abuso de autoridade. Ele disse que o ministro da
Justiça, Sérgio Moro, pediu que fossem vetados dez pontos, mas que
um ainda está em discussão.” Com informações Estadão Conteúdo
Fonte:
veja.com
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