Foto divulgação
Por Lucas Rafael Chianello
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“É
uma aberração que o tristemente eleito presidente da república
tenha nomeado um procurador-geral da república não constante da
lista tríplice do Ministério Público Federal.
Procurador
esse de posicionamentos nazi-fundamentalistas sobre questões
relacionadas à constituição familiar e homoafetividade, assunto
que não nos permite julgar ninguém quanto a essas orientações.
Porém,
a ilusão é branca e a esperança, vermelha.
O
Estado serve a um projeto de poder de classe e o tristemente eleito
presidente da república, que sequer deveria participar da vida
política por ser um nazi-saudosista da ditadura militar, tão apenas
cumpriu com o seu papel ao nomear para o referido cargo alguém que
serve a um projeto de união das direitas nazi-fascista e
ultraliberal.
Nas
palavras do professor Silvio Luiz de Almeida, filósofo do direito
pela faculdade do Mackenzie:
"Não
haveria escravidão se não fossem os juristas da escravidão.
Não
haveria nazismo sem os juízes do nazismo.
Você
não tinha nazismo sem um Roland Freisler*; você não tinha nazismo
sem um Carl Schmitt*."
Ficam
duas duras lições: uma, de que não seremos minimamente um país
enquanto permitirmos que agentes estatais de carreira, principalmente
juízes e promotores, sejam agentes de poder político que defendam a
barbárie.
Outra,
de que devemos, sim, alocar nas instituições de Estado, aquelas e
aqueles indubitavelmente alinhados a um projeto de libertação
política dos pobres do nosso país.
Enterre-se
o republicanismo ingênuo de setores da própria esquerda
brasileira.”
Articulista: Lucas Rafael Chianello – Advogado
e Jornalista
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