Por
Fernanda Nunes – Estadão
RIO - “A alta do preço
do petróleo no mercado internacional chegou ao Brasil. A Petrobrás
reajustou os valores da gasolina em 3,5% e o óleo diesel em 4,2% em
suas refinarias. A revisão, que valerá a partir da zero hora desta
quinta-feira, 19, é uma reação ao atentado a refinarias na Arábia
Saudita, que fez com que a commodity oscilasse até 20% na última
segunda-feira.
Nos últimos dois dias, o
petróleo do tipo brent, comercializado na Europa, chegou a cair, mas
não na mesma proporção da alta. A Petrobras, que mantém seus
preços alinhados ao mercado internacional, chegou a manter os
valores inalterados no início da semana, mas após questionamentos
do mercado sobre uma possível ingerência do governo, reajustou os
valores no mercado interno.
A empresa tem especial
interesse em demonstrar que possui independência e que a sua
política de preços de combustíveis não está submetida a questões
políticas. Caso contrário, não vai conseguir atrair investidores
para comprar suas refinarias.”
“Petrobras
diz que vai segurar preço da gasolina no curto prazo.”
“Estatal
pretende avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos
dias para decidir se vai ou não revisar os valores de seus derivados
no Brasil”
Por
Agência Estado
“A Petrobras não deverá repassar imediatamente a disparada do preço do petróleo para o consumidor brasileiro. A estatal deverá avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos dias para decidir se vai ou não revisar os preços de seus derivados no Brasil. Na prática, significa que, por ora, a petroleira vai segurar os preços dos combustíveis.
A
ideia é dar
continuidade à política atual,
que
atrela os preços às cotações no mercado internacional, com
repasses à medida em que há mudança de patamar dos valores.
Para
se resguardar de prejuízos financeiros enquanto não repassa altas
no mercado externo para o consumidor, a companhia recorre ao
artifício financeiro de hedge, instrumentos de proteção que
compensam oscilações de curto prazo.
Especialistas
e investidores destacam, porém, a necessidade de a empresa não ser
usada para atender às demandas do governo, como aconteceu no
passado, quando a empresa foi usada para segurar a inflação. A
companhia mantinha os preços dos combustíveis inalterados apesar
das oscilações externas, o que gerou um rombo nas suas caixas.
Se
o mercado perceber que a mesma prática está sendo adotada pela
gestão atual, o seu programa de venda de refinarias será afetado,
porque nenhuma empresa terá interesse em fazer parte de um setor
comandado por interesses políticos e não econômicos.” Copyright
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Fonte:
R7
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