© Reprodução/Facebook O presidente Jair Bolsonaro, durante transmissão ao vivo no Facebook nesta quinta-feira, 19 |
Por
Mariana Zylberkan
“O
presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, em transmissão ao vivo
no Facebook na noite desta quinta-feira, 19, as medidas adotadas por
governadores para conter a disseminação do coronavírus
nos
estados. Sua principal crítica, já feita em outras ocasiões, é
que as ações podem atrapalhar o andamento da economia.
“Algumas
autoridades estaduais têm tomado medidas, tem tido reclamação e
tem tido elogio também, mas eu deixo claro que o remédio, quando em
excesso, pode não fazer bem ao paciente”, disse
“Algumas
autoridades estaduais têm tomado medidas, tem tido reclamação e
tem tido elogio também, mas eu deixo claro que o remédio, quando em
excesso, pode não fazer bem ao paciente”, disse . “Uns fecharam
supermercados, outros querendo fechar aeroportos, outros querendo
colocar uma barreira entre os estados, fechando academias. A economia
tem que funcionar, caso contrário as pessoas vão ficar em casa sem
ter com o que se alimentar”, continuou.
Nesta
quinta-feira, o Ministério
da Saúde
divulgou que o número de diagnósticos positivos e confirmados
saltou de 428 para 621 em um espaço de 24 horas. Até o momento,
foram registradas seis mortes em decorrência da doença – quatro
delas no estado de São Paulo e duas no Rio de Janeiro.
As
críticas do presidente miram principalmente os governadores de São
Paulo, João
Doria
(PSDB),
e do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel (PSC),
estados onde os mandatários têm recorrido a medidas drásticas para
evitar a disseminação do vírus. O tucano anunciou
na
quarta-feira 18 que todos os shoppings centers da capital e cidades
da região metropolitana deverão ser fechados até 30 de abril,
assim como recomendou o fechamento de cinemas, teatros e centros
culturais. Witzel editou um decreto proibindo a aglomeração de
pessoas.
Em
Goiás, o governador Ronaldo
Caiado
(DEM) determinou a interrupção durante 15 dias de feiras livres,
shopping centers, polos comerciais de rua, bares e restaurantes, mas
serviço de entrega é permitido. Diferente do que disse o
presidente, porém, nenhum estado determinou o fechamento de
supermercados.
Doria
e Witzel têm liderado uma oposição de governadores contra
Bolsonaro, que ficou ainda mais evidente diante da crise de saúde
pública provocada pelo coronavírus. Enquanto os dois principais
estados do Sudeste registravam o aumento do número de casos há duas
semanas, e seus respectivos governadores passaram a tratar o assunto
como emergência, Bolsonaro continuou com o discurso de que o
coronavírus era um exagero da mídia. O presidente mudou o tom
apenas na quarta-feira, após uma série de reações em todo país,
que registrou panelaços
em diversas cidades durante dois dias seguidos.”
Fonte:
veja.com
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