"Pesquisadores espanhóis estão testando o uso de de nanocápsulas inteligentes para o tratamento do câncer de pulmão"
Por da
Redação
Eva Martín del Valle, professora de engenharia química e coordenadora do projeto, o tratamento em estudo poderá reduzir a toxicidade dos medicamentos convencionais. (Hemera/Thinkstock/VEJA/VEJA) |
"Um
novo tratamento atóxico pode ser uma alternativa
à quimioterapia no
combate ao câncer, de acordo com pesquisadores da
Universidade de Salamanca, na
Espanha. O estudo tem como base o uso de nanocápsulas inteligentes
capazes de reconhecer células cancerosas agindo diretamente
sobre elas, especificamente
em casos de câncer
de pulmão.
“O
que estamos tentando é abolir a dependência do paciente que passa
duas horas em uma sala, submetido a tratamento, enquanto está
recebendo a quimioterapia”, disse Eva Martín del Valle, professora
de engenharia química e coordenadora do projeto, em comunicado
publicado nesta quarta-feira.
O experimento in
vitro consiste no desenvolvimento de um inalador aerossol que
funcione de forma convencional, sem gerar reações adversas ao
entrar em contato com o tecido pulmonar.
Segundo
Eva, a técnica em estudo promete dar maior autonomia ao paciente em
relação à administração do ciclo convencional dos medicamentos.
O objetivo do experimento é diminuir a quantidade de
fármacos reduzindo
a toxicidade e
melhorando seus efeitos. “80% do fármaco administrado não é
utilizado, mas tem que ser metabolizado ou expulso pelo organismo”.
A pesquisadora calculou, ainda, que em até dois anos os testes
poderão ser realizados em ratos.
Câncer em impressões 3D
“Por
enquanto, para garantir a aprovação do uso deste tratamento, a
equipe espanhola tem desenvolvido espécies de “tumores”
utilizando impressoras 3D em compartimentos que permitem
o crescimento das células tumorais de forma estruturada, para
que os resultados sejam mais próximos da realidade e demonstrem
maior segurança antes de começarem os testes em animais. “Sempre
há um salto extremamente grande entre os testes
in vitro em
comparação com a experimentação in vivo. Não há nada no meio. E
é aí que estamos, tentando desenvolver tumores em três dimensões,
para ver como crescem e validar o que estamos desenvolvendo”,
concluiu a cientista.”
(Com
EFE)
Fonte:
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!