Direitos Humanos
“Levantamento aponta recorde de mortes por homofobia no Brasil em 2017”
Publicado
em 18/01/2018 - Por Jonas Valente –
Repórter Agência Brasil Brasília
Repórter Agência Brasil Brasília
“Em
2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
(LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número
representa uma vítima a cada 19 horas. O dado está em levantamento
realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que registrou o maior número
de casos de morte relacionados à homofobia desde que o monitoramento
anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos.
Os
dados de 2017 representam um aumento de 30% em relação a 2016,
quando foram registrados 343 casos. Em 2015 foram 319 LGBTs
assassinados, contra 320 em 2014 e 314 em 2013. O saldo de crimes
violentos contra essa população em 2017 é três vezes maior do que
o observado há 10 anos, quando foram identificados 142 casos.
Também
nesta quinta-feira (18) a organização não governamental Human
Rights divulgou
um relatório a respeito da violação dos direitos humanos no
Brasil. O documento destaca que a Ouvidoria Nacional dos Direitos
Humanos recebeu 725 denúncias de violência, discriminação e
outros abusos contra a população LGBT somente no primeiro semestre
de 2017.
Levantamento
O
levantamento realizado pelo GGB se baseia principalmente em
informações veiculadas pelos meios de comunicação. Na avaliação
de Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia e um dos autores do
estudo, o fenômeno pode ser ainda maior, uma vez que muitos casos
não chegam a ser noticiados.
“Tais números alarmantes são apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, pois não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, tais mortes são sempre subnotificadas já que o banco de dados do GGB se baseia em notícias publicadas na mídia, internet e informações pessoais”, comenta.
“Tais números alarmantes são apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, pois não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, tais mortes são sempre subnotificadas já que o banco de dados do GGB se baseia em notícias publicadas na mídia, internet e informações pessoais”, comenta.
Causas
violentas
Das
445 mortes registradas em 2017, 194 eram gays, 191 eram pessoas
trans, 43 eram lésbicas e cinco eram bissexuais. Em relação à
maneira como eles foram mortos, 136 episódios envolveram o uso de
armas de fogo, 111 foram com armas brancas, 58 foram suicídios, 32
ocorreram após espancamento e 22 foram mortos por asfixia. Há ainda
registro de violências como o apedrejamento, degolamento e
desfiguração do rosto.
Quanto ao local, 56% dos episódios ocorreram em vias públicas e 37% dentro da casa da vítima. Segundo o GGB, a prática mais comum com travestis é o assassinato na rua a tiros ou por espancamento. Já gays em geral são esfaqueados ou asfixiados dentro de suas residências.
Quanto ao local, 56% dos episódios ocorreram em vias públicas e 37% dentro da casa da vítima. Segundo o GGB, a prática mais comum com travestis é o assassinato na rua a tiros ou por espancamento. Já gays em geral são esfaqueados ou asfixiados dentro de suas residências.
Um
exemplo foi o assassinato da travesti
Dandara,
de 42 anos. Ela foi espancada, apedrejada e depois morta a tiros por
oito pessoas em Fortaleza no dia 15 de fevereiro de 2017. Os autores
aidna registraram o crime em vídeo, que ganhou grande circulação
nas redes sociais.
Distribuição
regional
O
estado com maior registro de crimes de ódio contra a população
LGBT foi São Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43), Bahia (35),
Ceará (30), Rio de Janeiro (29), Pernambuco (27) e Paraná e Alagoas
(23). Entre as regiões, a maior média foi identificada no Norte
(3,23 por milhão de habitantes), seguido por Centro-Oeste (2,71) e
Nordeste (2,58)."
Fonte:
EBC – Agência Brasil
Algumas
manchetes de Jornais
on-line
on-line
“A cada 19 horas, uma pessoa LGBT é assassinada ou se suicida no Brasil”
Fonte:
Estadão
“Brasil
segue no primeiro lugar do ranking de assassinatos de transexuais”
Fonte:
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!