© Pedro França/Agência Senado |
“O decreto de Bolsonaro facilita porte de arma para 19 categorias, entre elas políticos, caminhoneiros e moradores de área rural”
“O
presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 9, em
entrevista à Rádio
Jovem Pan,
que conversou com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tentar
"reorganizar" o decreto do presidente Jair Bolsonaro que
ampliou o porte de armas no País. Maia afirmou ter encontrado
"inconstitucionalidades". Mais tarde, o deputado Eduardo
Bolsonaro criticou Maia e defendeu o texto. O mesmo fez o porta-voz
da Presidência da República.
O
decreto facilita porte de arma para 19 categorias, entre elas
políticos, caminhoneiros e moradores de área rural - estimativas de
ONGs apontam para até 19,1 milhões de beneficiários. "A
princípio, já existem inconstitucionalidades, alguns temas que não
deveriam ser regulados por decreto", disse Maia. Ele reafirmou
que, da forma como está o decreto, o governo terá de rediscuti-lo
ou "acabará com uma decisão da Câmara ou do Judiciário".
"Há um desconforto do Parlamento."
Em
evento em prol da legítima defesa, em São Paulo, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) reiterou que o pai cumpre uma promessa de campanha
com a flexibilização. Para ele, não houve o mesmo "apetite"
do Congresso em outros assuntos que seriam prerrogativa do
Legislativo, como na interferência do Judiciário em relação à
criminalização do aborto.
Além
disso, comentou aquilo que chamou de "acadelamento" da
sociedade. Segundo ele, o desarmamento fez o cidadão terceirizar
responsabilidades. "Não é papel da polícia defender sua casa
quando o bandido entrar lá. Ela vai se esforçar ao máximo, mas
quanto tempo vai demorar? Então, quando alguém entra na sua casa, o
primeiro responsável pelo combate é você."
Na
mesma toada, o deputado foi irônico ao dizer que a ideia de desarmar
a população viria de "democratas" como Hitler, Fidel
Castro, Maduro e Lula. Ele também deixou aberta a possibilidade de,
"no futuro", se avançar na liberação de mais calibres à
população.
Procurado,
o Planalto informou que não tem intenção de rever o decreto.
"Quaisquer outras modificações que venham a partir do próprio
Congresso, o presidente vai analisá-las, mas não há nesse momento
nenhuma intenção de fazer qualquer correção", disse o
general Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República. Com
informações do jornal: O Estado de S. Paulo”
Fonte:
O Estado de S. Paulo e Política ao Minuto
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