Presidente Bolsonaro |
Por
BBC – News
“Além
disso há também o fato de que o próprio presidente não priorizou
a construção de uma base aliada forte na Câmara e no Senado ao
longo do ano passado, diz o cientista político e professor da Escola
de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da FGV, Cláudio
Couto.
"O
presidente fez todo o possível para isso (para ter uma relação
conflituosa com o Congresso). Não fez nada para contribuir com a
construção de um ambiente menos conflagrado. Em todas as
oportunidades que teve, aproveitou para jogar seus seguidores contra
deputados e senadores", observa Couto.
Ao
longo de 2019, Bolsonaro e seus três filhos com carreira política
terminaram por alienar um grande número de "ex-super-aliados",
inclusive alguns dos principais articuladores do presidente da
República no Congresso.
Em
outubro, Bolsonaro tornou pública a desavença com o chefe de seu
antigo partido, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE). O presidente
acabou deixando o partido semanas mais tarde, e apenas 26 dos 53
deputados do PSL anunciaram a intenção de segui-lo para sua nova
legenda, a Aliança pelo Brasil.
Dos
27 que ficaram no PSL, uma parte passou a criticá-lo.
A
aprovação de pautas previstas para este ano — como as reformas
administrativa e tributária — depende principalmente da
convergência entre os interesses do Planalto e os do comando do
Congresso, diz o professor da FGV.
"Essa
pauta de reformas é uma na qual há convergência com o Congresso,
embora não necessariamente eles convirjam nos detalhes. Câmara e
Senado podem aprovar 'uma' reforma tributária, por exemplo, mas não
necessariamente a que o governo quer", diz Couto.”
Lá vai mais dinheiro público para aprovação das emendas.
Fonte:
BBC News Brasil
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