POR
FOLHAPRESS / ECONOMIA IMÓVEIS-NEGÓCIOS
“ O
mercado de animais de estimação invadiu de vez o setor imobiliário
de São Paulo. A área de lazer para os bichinhos, o pet place, que
surgiu há cerca de uma década como diferencial nos condomínios,
agora é item básico nos lançamentos na cidade.
Em
alguns deles, há ainda espaços de uso coletivo para dar banho nos
bichinhos, atividade impensável de se fazer dentro da área compacta
dos estúdios que dominam os novos empreendimentos paulistanos.
"Com
o boom imobiliário iniciado em 2007, as incorporadoras paulistanas
foram atrás de terrenos maiores. Foi quando cresceu o conceito de
condomínio-clube, aliado a atrativos como o pet place", diz
Ricardo Grimone, diretor de incorporação da Gamaro Desenvolvimento
Imobiliário.
O
movimento das incorporadoras surfa nos números do mercado. São
139,3 milhões de animais de estimação no Brasil, segundo projeção
do Instituto Pet Brasil. Só em São Paulo, de acordo com dados da
prefeitura, 28,6% dos domicílios possuem cães, 7,7% têm gatos e
6,7% reúnem os dois.
Uma
pesquisa realizada pelo Grupo ZAP com 30 mil usuários de seu portal
aponta que 48% dos brasileiros pretendem criar animais de estimação
no imóvel que estão procurando. Ainda, 60% relataram ser desejável
ou fundamental que o imóvel buscado possibilite a presença de pets.
"Os
animais de estimação ganharam status de filhos nas famílias das
gerações mais novas", afirma a economista Deborah Seabra, do
Grupo Zap. É de esperar, portanto, que infraestrutura voltada aos
animais seja pré-requisito dos compradores de imóveis.
Nos
projetos da construtora Gamaro, o playground dos pets fica em área
de fácil acesso e inclui bebedouro e brinquedos para que o animal
possa se exercitar ou até mesmo fazer aulas com um adestrador.
Na
Vila Madalena, o empreendimento Seed tem uma área destinada aos
animais que ocupa 87 m² -pouco mais que os 82 m² da planta de cada
um de seus 80 apartamentos, vendidos a R$ 1,6 milhão cada.Ali, fica
um piso permeável, que ajuda a reduzir os odores da urina dos
animais. A área conta ainda com um espaço cercado, com torneira,
para o banho dos bichinhos.
No
mesmo bairro, a construtora Even ergue o Misce Vila Madalena, com
apartamentos de 70 a 111 m² e um espaço na área comum dedicado aos
cães. Batizada de Pet Play, a estrutura inclui área verde e
brinquedos.
"É
um empreendimento projetado para o cliente que quer reunir lazer,
conforto e conveniência em um só lugar", define Marcelo Dzik,
diretor comercial da Even. A incorporadora conta mais dois
lançamentos com pet place na área de lazer: o Stella Campo Belo, no
Campo Belo, e o VM 303, na Vila Mariana.
Em
Osasco, na região metropolitana da capital, a Gamaro também apostou
no projeto de pet place para o Piscine, empreendimento de 900
unidades, com aptos de 40 a 70 m², vendidos por preços a partir de
R$ 450 mil. O espaço conta com brinquedos que visam a estimular a
agilidade dos cães, como rampa e pneu para salto.
"O
pet place tem peso como atrativo de venda, também pela segurança,
evitando que os moradores tenham de circular na rua à noite com seus
cães", afirma Grimone, da construtora.
Já
a construtora MAC reservou 166 m² da área comum do empreendimento
Conviva, no Parque São Domingos, para os animais de estimação que
habitarão os apartamentos de 59 e 71 m². Com direito a obstáculos
para salto, pneu recreativo e slalom.
No
Raiz São Paulo Parque Resort, no Alto da Boa Vista, o playground
canino é ainda maior, com 298 m², uma rampa dupla, slalom e salto
com pneu. Os animais podem ainda aproveitar os 18 mil m² de parque
privativo que farão parte do empreendimento. O preço das unidades é
de R$ 489 mil.
"É
um projeto que vem de encontro com o desejo do consumidor paulistano,
de ficar a maior parte do tempo com a família e o contato com a
natureza", diz Andrea Possi, diretora de incorporação da MAC.”
Fonte:
noticias ao minuto
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