Em 13 de dezembro de 1968 foi editado o Ato Institucional número 5, pelo governo do general Costa e Silva, mas como este morreu. O governo do general Médici adotou o AI-5, que acabou por tolher todas as liberdades, que ainda tínhamos, por exemplo, a censura, que não está muito diferente no governo Bolsonaro.
O Ai-5 fechou o Congresso Nacional e cassou os mandatos de parlamentares, ou seja, apenas o executivo formado por generais, na sua maioria podiam tomar decisões para o país. E a retirada de direitos e garantias constitucionais dos cidadãos. Tivemos muita gente torturada e morta: mulheres e homens, na maioria estudantes.
Índice de conhecimento cresceu desde a pesquisa anterior, realizada há 11 anos, em novembro de 2008. Em 2019, ato repressivo da ditadura militar foi citado em entrevistas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Por
G1 —
Brasília
“Pesquisa Datafolha Publicada nesta quarta feira (1º dia do ano de 2020) pelo Jornal "Folha de S. Paulo" mostra que 65% dos entrevistados nunca ouviram falar do Ato Institucional n mostra que 65% dos entrevistados nunca ouviram
falar do Ato Institucional nº 5, o AI-5, uma das principais medidas
da repressão adotadas pela ditadura militar (1964-1985). Outros 35%
disseram ter ouvido falar.
Dados da Pesquisa que o Datafolha realizou:
A pesquisa - ÍNDICE DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SOBRE O AI-5 Levantamento realizado em dezembro de 2019, em % 6565 3535 Desconhece Já ouviu falar sobre 0 20 40 60 80 Já ouviu falar sobre 35 Fonte: Datafolha O Ato Institucional 5 foi assinado em 1968 e é considerado uma das principais medidas de repressão da ditadura. Entre as consequências dele estão o fechamento do Congresso Nacional E a retirada de direitos e garantias constitucionais dos cidadãos. Datafolha: 62% dos brasileiros dizem que democracia é sempre a melhor forma de governo O levantamento do Datafolha ouviu 2.948 pessoas em 5 e 6 de dezembro em 176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. Conhecimento cresceu O conhecimento sobre o AI-5 cresceu desde o levantamento anterior, feito 11 anos antes, novembro de 2008. Naquela ocasião, 82% afirmaram nunca ter ouvido falar do AI-5, enquanto 18% disseram já ter ouvido falar.
O
levantamento do Datafolha ouviu 2.948 pessoas em 5 e 6 de dezembro em
176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de
2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança
é de 95%.
Conhecimento cresceu
O
conhecimento sobre o AI-5 cresceu desde o levantamento anterior,
feito 11 anos antes, novembro de 2008. Naquela ocasião, 82%
afirmaram nunca ter ouvido falar do AI-5, enquanto 18% disseram já
ter ouvido falar.
ÍNDICE
DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SOBRE O AI-5
Em
2019, o ato que ampliou os poderes repressivos da ditadura ganhou
repercussão após ser citado pelo deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP),
filho do presidente Jair
Bolsonaro (sem
partido), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como possível
resposta a protestos.
Em
uma entrevista divulgada em outubro, Eduardo afirmou que, se a
esquerda “radicalizar” no Brasil, uma das respostas do
governo poderá
ser “via um novo AI-5”.
Ele comentava manifestações que ocorriam em outros países da
América Latina.
No
mesmo dia, logo após a divulgação da entrevista, o presidente Jair
Bolsonaro disse
que lamentava muito as declarações do filho.
"Quem quer que seja que fale em AI-5, está sonhando. Está
sonhando!", afirmou.
Em
novembro, entretanto, o ministro da Economia, Paulo
Guedes,
voltou a citar o termo. Numa entrevista em Washington (EUA), Guedes
disse aos jornalistas para não
se assustarem caso alguém pedisse o AI-5 diante
de "quebradeira" nas ruas. Em seguida, afirmou que a
democracia brasileira não admitiria um ato de repressão.
A
declaração foi feita durante entrevista em Washington (EUA).
Paulo Guedes está acostumado a ser autoritário, haja visto quando foi "ministro da economia", na ditadura Pinochet no Chile |
Guedes
reagiu irritado às perguntas de repórteres sobre manifestações
populares em países vizinhos, como Equador, Chile e Bolívia, contra
reformas econômicas e também quando foi questionado se tinha medo
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou a política
econômica do governo.
Nas
duas ocasiões representantes das Poderes e da sociedade civil se manifestaram repudiando as declarações.
Fonte: G1.com
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