quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

"Defender o AI-5 é atacar a democracia!"






Em 13 de dezembro de 1968 foi editado o Ato Institucional número 5, pelo governo do general Costa e Silva, mas como este morreu. O governo do general Médici adotou o AI-5, que acabou por tolher todas as liberdades, que ainda tínhamos, por exemplo, a censura, que não está muito diferente no governo Bolsonaro. 

O Ai-5 fechou o Congresso Nacional e cassou os mandatos de parlamentares, ou seja, apenas o executivo formado por generais, na sua maioria podiam tomar decisões para o país. E a retirada de direitos e garantias constitucionais dos cidadãos. Tivemos muita gente torturada e morta: mulheres e homens, na maioria estudantes. 


Índice de conhecimento cresceu desde a pesquisa anterior, realizada há 11 anos, em novembro de 2008. Em 2019, ato repressivo da ditadura militar foi citado em entrevistas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.


Por G1 Brasília
Pesquisa Datafolha Publicada nesta quarta feira (1º dia do ano de 2020) pelo Jornal "Folha de S. Paulo" mostra que 65% dos entrevistados nunca ouviram falar do Ato Institucional n mostra que 65% dos entrevistados nunca ouviram falar do Ato Institucional nº 5, o AI-5, uma das principais medidas da repressão adotadas pela ditadura militar (1964-1985). Outros 35% disseram ter ouvido falar.


Dados da Pesquisa que o Datafolha realizou:

A pesquisa - ÍNDICE DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SOBRE O AI-5 Levantamento realizado em dezembro de 2019, em % 6565 3535 Desconhece Já ouviu falar sobre 0 20 40 60 80 Já ouviu falar sobre 35 Fonte: Datafolha O Ato Institucional 5 foi assinado em 1968 e é considerado uma das principais medidas de repressão da ditadura. Entre as consequências dele estão o fechamento do Congresso Nacional E a retirada de direitos e garantias constitucionais dos cidadãos. Datafolha: 62% dos brasileiros dizem que democracia é sempre a melhor forma de governo O levantamento do Datafolha ouviu 2.948 pessoas em 5 e 6 de dezembro em 176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. Conhecimento cresceu O conhecimento sobre o AI-5 cresceu desde o levantamento anterior, feito 11 anos antes, novembro de 2008. Naquela ocasião, 82% afirmaram nunca ter ouvido falar do AI-5, enquanto 18% disseram já ter ouvido falar. 




O levantamento do Datafolha ouviu 2.948 pessoas em 5 e 6 de dezembro em 176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.



Conhecimento cresceu

O conhecimento sobre o AI-5 cresceu desde o levantamento anterior, feito 11 anos antes, novembro de 2008. Naquela ocasião, 82% afirmaram nunca ter ouvido falar do AI-5, enquanto 18% disseram já ter ouvido falar.




ÍNDICE DE CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SOBRE O AI-5

Em 2019, o ato que ampliou os poderes repressivos da ditadura ganhou repercussão após ser citado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como possível resposta a protestos.

Em uma entrevista divulgada em outubro, Eduardo afirmou que, se a esquerda “radicalizar” no Brasil, uma das respostas do governo poderá ser “via um novo AI-5”. Ele comentava manifestações que ocorriam em outros países da América Latina.



No mesmo dia, logo após a divulgação da entrevista, o presidente Jair Bolsonaro disse que lamentava muito as declarações do filho. "Quem quer que seja que fale em AI-5, está sonhando. Está sonhando!", afirmou.

Em novembro, entretanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a citar o termo. Numa entrevista em Washington (EUA), Guedes disse aos jornalistas para não se assustarem caso alguém pedisse o AI-5 diante de "quebradeira" nas ruas. Em seguida, afirmou que a democracia brasileira não admitiria um ato de repressão.
A declaração foi feita durante entrevista em Washington (EUA).


Paulo Guedes está acostumado a ser autoritário, haja visto quando foi "ministro da economia", na ditadura Pinochet no Chile

Guedes reagiu irritado às perguntas de repórteres sobre manifestações populares em países vizinhos, como Equador, Chile e Bolívia, contra reformas econômicas e também quando foi questionado se tinha medo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou a política econômica do governo.

Nas duas ocasiões representantes das Poderes e da sociedade civil se manifestaram repudiando as declarações.

Fonte: G1.com

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