Filas do INSS: Ministério Público pede ao TCU que suspenda contratação de militares
"Cerca de 2 milhões de pessoas estão na fila, e governo anunciou contratação de 7 mil militares da reserva para tentar diminuir esse número. Contratação não pode ser direcionada, diz procurador."
Por
Laís Lis, G1 — Brasília
“O
subprocurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas da
União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira (17) ao tribunal
que suspenda a contratação, pelo governo, de militares da reserva
para atuar no INSS.
A
representação será distribuída a um dos ministros do TCU. Caberá
a relator atender ou não ao pedido (leia os argumentos dos
procurador mais abaixo).
Procurada,
a Secretaria de Trabalho informou que a Advocacia Geral da União
(AGU) se manifestará sobre o caso quando for notificada do pedido.
Na
última terça (14), o governo informou que irá contratar 7 mil
militares para tentar reduzir as filas de atendimento.
Atualmente,
cerca de 2 milhões de pessoas estão à espera de uma resposta para
obter benefícios.
No
pedido apresentado ao TCU, Lucas Furtado questiona a legalidade da
medida. Isso porque, segundo ele, a contratação não poderia ser
direcionada apenas a militares da reserva.
“Ao
meu ver, não pode haver o direcionamento da contratação para os
militares da reserva, pois, nesse caso, é nítida a reserva de
mercado que o governo federal está promovendo para remediar o
impasse das filas de processos pendentes de análise”, afirmou o
procurador.
Furtado
também argumentou que o militar da reserva não é um funcionário
público aposentado e que a disponibilidade dos militares de reserva
visa atender a possíveis necessidades das Forças Armadas, não a
necessidades de atividades de natureza civil.
Segundo
informou o governo, o custo das medidas para acabar com a fila de
pedidos no INSS será de R$ 14,5 milhões por mês, valor que inclui
a gratificação dos militares – que, por lei, equivale a 30%
adicionais sobre a aposentadoria na reserva.”
Blog
da Cidadania / G1
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