Aécio Neves |
"Em
depoimento na ação movida pelo PSDB que pede a cassação da chapa
de Dilma
Rousseff
e Michel
Temer,
eleita em 2014, o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques
de Azevedo confirmou negociado doação para a campanha presidencial
de Aécio
Neves,
presidente do PSDB, naquele ano.
O delator disse
ter se encontrado com o empresário e ex-presidente da Companhia de
Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) no governo
tucano em Minas Gerais, Oswaldo Borges da Costa, apontado pelas
investigações como “operador” ou “tesoureiro informal” de
Aécio.
“Fui procurado
pelo senhor Oswaldo Borges da Costa, também, que era…trabalhava
não sei em que função lá, com o candidato (Aécio Neves). E,
basicamente, essas demandas (de doação) vinham através deles”,
afirmou Azevedo em depoimento no dia 19 de setembro perante o
ministro do Tribunal Superior Eleitoral Herman Benjamin, relator do
processo na Corte.
Em delação, o
empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, Leo Pinheiro, da OAS,
citou Costa como intermediário de propinas na construção da Cidade
Administrativa, obra mais cara do governo Aécio, que custou R$ 1,2
bilhão.
Otávio disse ter
se encontrado com Costa apenas uma vez. O contato dos dois foi
identificado pela Polícia Federal em trocas de mensagens no celular
do executivo da Andrade Gutierrez.
Em uma mensagem
encaminhada por celular no 27 de agosto, Costa pergunta a Azevedo se
era possível “falar na quinta às 19h em Sp”. Dois dias depois,
o empreiteiro responde: “Já foi feito” e o tesoureiro informal
agradece: “Obrigado Otavio. Com vc funciona!!!rsrs”.
Segundo dados
declarados à Justiça Eleitoral, em 2014 a empreeiteira doou R$ 21
milhões para a campanha petista e R$ 20 milhões para a tucana.
De acordo com o
delator, contudo, a doação não foi vinculada a obras ou projetos
da empresa. Ele afirmou, por outro lado, que houve um acerto de
propinas equivalente a 1% de todos os contratos da Andrade com o
governo federal, PMDB e PT referente às obras da usina de Belo
Monte.
Em nota, o PSDB
informou que Borges da Costa atuou na campanha de 2014 “apoiando o
comitê financeiro” e que "não houve nenhuma irregularidade
em todo o processo de doação"."
Fonte: HuffPost
Brasil, com agências de
notícias
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