Em vigor desde julho
deste ano na cidade de São Paulo, o sistema digital de Zona Azul via
aplicativo de celular adota as mesmas regras antes existentes para os
cartões. A diferença é que os talões já estão com os dias
contados. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),
os cartões serão vendidos apenas até o dia 20 de novembro, quando
a comercialização passará a ser somente digital.
E se você ainda possuir
cartões depois dessa data? Nesse caso, entre os dias 21 de novembro
e 30 de dezembro deste ano, as folhas não utilizadas serão
reembolsadas pelo valor de R$ 4,50 - lembrando que o custo atualmente
é de R$ 5 por folha. Basta se dirigir à Gerência Comercial da CET,
localizada na Rua Senador Feijó, 143, 1º andar, Centro, das 9h às
16h, para efetuar o reembolso.
E como funciona?
A Zona Azul digital pode
ser utilizada por meio dos aplicativos Serttel, Estapar, Digipare e
Inova, todos gratuitos e disponíveis para Android e IOS. Os
motoristas precisam baixar um desses aplicativos e fazer um breve
cadastro com login (CPF/CNPJ), senha, dados cadastrais e placa do
veículo. É possível cadastrar várias placas em um mesmo usuário.
Em seguida, ao estacionar
em uma das vagas delimitadas, basta abrir o aplicativo, informar a
placa do veículo utilizado e o tempo que deseja adquirir para
permanecer no local. Além da praticidade, outra vantagem desse
sistema é que o motorista pode programar um alerta pelos aplicativos
para ser avisado quando o tempo solicitado estiver expirando, com a
possibilidade ainda de renovar o crédito à distância.
Mas vale a regra dos
cartões: é permitido usar 1 ou no máximo 2 créditos para
estacionar na mesma vaga. Ou seja, se você já tiver utilizado dois
CAD (Cartão Azul Digital) na mesma vaga, é obrigatório mudar de
vaga para continuar a usar outros créditos. Após esse período, o
veículo será considerado como estacionado de forma irregular e
ficará sujeito a multa por infração grave mais cinco pontos na
CNH, além de guinchamento.
Segundo a CET, a cidade
de São Paulo possui 39.153 vagas de Zona Azul, sendo 34.769
convencionais, 1.575 destinadas a caminhão, 822 para pessoas com
deficiência física e/ou mobilidade reduzida, 1.908 vagas para
idosos e 79 vagas Zona Azul Fretamento, distribuídas em 64 áreas. A
entidade afirma que, desde 11 de julho, já vendeu 750 mil cartões
digitais na cidade.
E se eu não possuir
smartphone?
Aqueles usuários que não
tiverem smartphones ou acesso à internet pelo celular poderão
comprar a Zona Azul Digital nos pontos de venda autorizados, como
bancas de jornais, bares, lanchonetes, farmácias, drogarias,
mercados, bazares, padarias e comércio em geral. Por enquanto, estão
credenciadas as empresas Rede Ponto Certo e Serttel, devendo ser
ampliado em breve para outras empresas.
Os preços mudam?
O preço da Zona Azul
permanece o mesmo, de R$ 5 por período, que pode ser de 30 minutos a
quatro horas – o tempo varia de acordo com a localização. E assim
como quem adquire o talonário, é possível comprar um pacote de
créditos com desconto com 10 cartões digitais ao preço de R$ 45. A
Prefeitura informou que, ao menos por enquanto, o pagamento via
aplicativos só pode ser feito com cartão de crédito.
Como será a
fiscalização?
Os agentes utilizarão
equipamentos eletrônicos que possibilitam verificar o registro
digital digitando a placa do veículo. Esses equipamentos informarão
se houve a ativação de crédito para aquela placa e por qual
período.
E para que serve isso?
O objetivo é evitar o
comércio de talões falsificados e as cobranças irregulares acima
da tabela, muito praticadas por flanelinhas. A CET estima que,
somente em 2015, o município perdeu mais de R$ 58 milhões em
arrecadação por conta das fraudes. E mesmo com o sistema digital,
continuam valendo os talões de papel.
Fonte: icarros
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