Ricardo Boechat, em foto de março de 2006 — Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo/Arquivo |
Por G1
"Ricardo Boechat, jornalista, morre aos 66 anos em queda de helicóptero em SP"
"Jornalista era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM. Aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela Rodovia Anhanguera. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu no acidente.
Boechat
era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e
colunista da revista "IstoÉ". Ele trabalhou nos jornais “O
Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do
Brasil”.
Ricardo Boechat na redação do Bom dia Brasil da TV Globo |
Na
década de 1990, teve uma coluna diária no "Bom Dia Brasil",
na TV Globo, e trabalhou no "Jornal da Globo". Foi ainda
diretor de jornalismo da Band e teve passagem pelo SBT.
Ele
ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo
brasileiro.
A
morte do jornalista causou
comoção entre políticos, personalidades e jornalistas.
Perfil
Filho
de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952,
em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações
Exteriores na Argentina.
Boechat
era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a
ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista
de Notícia e Âncora de TV).
Em
pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem
profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais
admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um
hotel e sua história” (DBA).
O
jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.
Começo da carreira
Boechat
começou a trabalhar assim que deixou a escola, na virada de 1969
para 1970, após um período de militância em que fez parte do
quadro de base do Partido Comunista em Niterói (RJ).
O
pai de uma amiga, diretor comercial do "Diário de Notícias",
foi quem o convidou.
"Note
que eu mal batia à máquina, não tinha noção de rigorosamente
nada. Tinha morado a vida inteira em Niterói. O Rio de Janeiro para
mim era o exterior", comentou ao site Memória
Globo (leia o depoimento completo).
Um
de seus primeiros textos foi uma nota exclusiva sobre Pelé, que lhe
garantiu mais espaço no jornal.
Depois,
Boechat passou a escrever na coluna de Ibrahim Sued (1924-1995), no
mesmo "Diário de Notícias". Ele considerava o período de
14 anos em que trabalhou com Sued como decisivo para sua "formação
como repórter".
"Eu
pude ter uma escola na qual a doutrina era procurar informações, e
por trás de mim o primeiro e maior dos pitbulls que eu já conheci,
que era ele, rosnando no meu ouvido 24 horas por dia."
Boechat
saiu em 1983, quando a coluna já era publicada em "O Globo",
após uma briga com o titular. Mudou-se, então, para o "Jornal
do Brasil", a convite do concorrente Zózimo Barroso do Amaral,
tendo retornado a "O Globo" pouco depois, na coluna
"Swann".
Em
uma segunda passagem pelo jornal, que durou até 2001, foi titular de
uma coluna que levava o seu nome.
Boechat
deu uma palestra a representantes da indústria farmacêutica em
Campinas, no interior do estado, na manhã desta segunda e retornava
a São Paulo por volta das 12h. Ele deveria pousar no heliponto da
Band, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista.
Anúncio na Band
José
Luiz Datena, apresentador da TV Band, anunciou a morte do colega às
13h51 durante programação da emissora.
"Com
profundo pesar, desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim
informar a vocês que o jornalista, amigo, pai de família,
companheiro, que na última quarta, que eu vim aqui apresentar o
jornal, me deu um beijo no rosto, fingido que ia cochichar alguma
coisa, e, no fim, brincalhão como ele era, falou: 'É, bocão, eu só
queria te dar um beijo'. Queria informar aos senhores que o maior
âncora da televisão brasileira, o Ricardo Boechat, morreu hoje num
acidente de helicóptero, no Rodoanel, aqui em São Paulo".
Broechat
ganhou diversos prêmios no Jornalismo brasileiro, dentre eles, três
prêmios Esso
Boechat
era o recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se, com 17
troféus, e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora
de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV). Em pesquisa do
site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do
setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado.
De acordo com o Portal dos
Jornalistas, as vitórias no Prêmio Esso foram:
- Reportagem, em 1989, pela Agência Estado, com Aluizio Maranhão, Suely Caldas e Luiz Guilhermino;
- Informação Política, em 1992, por sua coluna em "O Globo", com Rodrigo França;
- Informação Econômica, em 2001, novamente por sua coluna em "O Globo", com Chico Otávio e Bernardo de la Peña.
Em 1998, Boechat lançou
ainda o livro "Copacabana Palace – Um hotel e sua história"
(DBA)."
Fonte: G1
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