Por
BADY MONTE LÍBANO
“Bom,
pelo que puderam notar nos últimos artigos escritos por mim, mudei
um pouco o estilo, ou seja, não bem isso, um jornalista e escritor
tem lá suas preferências é livre para escrever se expressar, o
primeiro convite que recebi da minha doce amiga do O Guardião da Montanha, a qual
assina este Blog que hoje caiu no gosto do leitor não somente de
Minas Gerais, Brasil e do mundo, o convite era para escrever sobre
viagens dando dicas, sugestões, opiniões, mas tinhoso que sou, me
aventuro em outras linhas, outros campos, gosto de desafios, um dos
motivos é porque decidi passar uma breve temporada no meu
apartamento em Miami aqui nos Estados Unidos, não deixando meu amado
Brasil.
Acho
que já omiti muitas coisas na vida, por motivos de sobrevivência,
de convivência ou pura conveniência, às vezes me pego a pensar no
homem que fui e no homem que sou hoje, no que já passei, por onde
passei essas coisas rotineiras e cotidianas.
Eu
gostaria de pedir licença a vocês meus amigos leitores e
compartilhar algo muito pessoal, atualmente estou afastado de todas
as minhas funções relacionadas a trabalho se é que isto é
possível, pois já fiz de um leito de hospital meu gabinete de
trabalho, para mim era normal, o susto partia das enfermeiras e
equipes médicas.
Pois
bem Deus nos coloca anjos sem asas, mas que de certo modo nos fazem
voar sem sair do chão, e me sinto um privilegiado de contar com um
anjo, ou melhor, dizendo uma anja, que me acompanha, que me auxilia,
literalmente cuida de mim.
Ana
ou Aninha como costumo chamar, minha editora chefe sempre poupou
expor minha vida particular, quando assim eu deixava escapar em meio
às palavras algo relacionado à minha saúde, mas imagino que agora
neste momento, eu sinta a necessidade de compartilhar o que venho
passando, vamos fazer por base que de mil leitores um possa estar
passando algo semelhante, parecido ou até mesmo um membro da
família, alguém próximo ou conhecido e este simples texto possa
ajudar de alguma maneira.
Não
tenho a mínima intenção de despertar sentimentos de pena, imagino
que seja um dos piores sentimentos que nós seres humanos podemos
sentir uns pelos outros, quero apenas relatar algo que venho sentindo
nos últimos tempos.
Com
uma intimidade de 15 anos juntos, minha enfermeira, ou melhor, minha
cuidadora, me fez uma pergunta intrigante, me obrigando a pesar e
rever valores que por vezes no meu dia a dia eu deixava passar, a
pergunta foi: Por que Deus em sua plena bondade escolheu você para
lhe impor uma doença tão terrível, sofrida?
De
imediato minha primeira resposta foi dizer a ela um trecho de uma
palestra que ouvi do saudoso e querido Padre Léo que dizia: Plantei
limões a vida toda como posso colher rosa, se referindo ao fato de
estar com câncer em estado terminal sendo fumante a vida toda, coisa
que sou também e não me orgulho disso.
Sabendo do sentimento de amor e carinho dela para comigo, pois o amor acontece por empatia, sei lá uma forma de conjunção estelar ou algo parecido, eu imagino que ninguém ama outra pessoa pelo simples fato dela ser educada, tem um bom gosto musical, ser refinada, isso são apenas referências que variam de pessoa para pessoa, acho que o amor surge naturalmente com a convivência, pela paz que o outro lhe trás, ama- se pela maneira de olhar, pela maneira da qual se trata o outro, pelo carinho adquirido, porque no ver o amor é algo espontâneo e gratuito, não se compra e nem se vende.
Sabendo do sentimento de amor e carinho dela para comigo, pois o amor acontece por empatia, sei lá uma forma de conjunção estelar ou algo parecido, eu imagino que ninguém ama outra pessoa pelo simples fato dela ser educada, tem um bom gosto musical, ser refinada, isso são apenas referências que variam de pessoa para pessoa, acho que o amor surge naturalmente com a convivência, pela paz que o outro lhe trás, ama- se pela maneira de olhar, pela maneira da qual se trata o outro, pelo carinho adquirido, porque no ver o amor é algo espontâneo e gratuito, não se compra e nem se vende.
Eu
tive grandes paixões no decorrer da minha vida, não sei até que
ponto eu fui ou sou amado, isso é um mistério, mas sempre digo que
o importante não é ser amado e sim amar, resumindo eu tive as
alegrias, as tristezas, os dissabores do viver, tive meus momentos de
comemorações, meus momentos de forte emoções, os ganhos, as
perdas, tudo que a vida nos propõe a viver.
Então
neste momento de dor para mim, de fragilidade do meu corpo físico,
eu não tenho coragem de perguntar a DEUS o por quê? Ou por que eu?
Seria um turbilhão de pensamentos, julgamentos, falhas, sucesso,
dores e sei lá mais o que!
Por
muitas vezes me coloco a pensar que não estou satisfeito com a minha
vida, mesmo sendo um privilegiado aos olhos dessa sociedade, e em
conversar com outras pessoas, eles me dizem sonhar em ter a minha
vida ou algo semelhante.
É
muito intrigante isso tudo, somos pequeninos de mais para entender
certos desígnios, um exemplo rápido: Uma criança em uma fazenda vê
um avião que voa e sonha em voar, mas o piloto desse avião sobrevoa
sobre a fazenda e sonha em voltar para casa. Assim gira essa roda
gigante chamada loucamente de vida.
Talvez
ter dinheiro seja o segredo da felicidade, mas se isso fosse uma
realidade os ricos de verdade deveriam andar sem seguranças, carros
blindados, andar pelas ruas dançando, sorrindo aos postes e não é
essa a realidade que vemos, nas ruas vemos pessoas apressadas,
apreensivas, gente pobre, tentando sobreviver a miséria humana.
Se
o poder pudesse garantir segurança, às pessoas poderosas seriam
livres, teriam ótimos casamentos, a família perfeita, se a beleza e
a fama atraem relacionamentos ideais, maravilhosos, as celebridades
deveriam ter os melhores e mais duradouros casamentos.
Então
se torna difícil entender certas questões ou praticamente
impossível, resumo da ópera a minha resposta se resumiu a uma
frase.
‘’A
vida é uma louca aventura da qual jamais sairemos vivos’’
Assim
é a vida cara leitor, aprecie a sua da melhor forma, aproveitando os
segundos, os minutos e os anos, acredite em você, tenha fé
independente de religião, faça o bem, fique de olhos abertos a sua
plantação, pois a colheita é certa.
Assim
me despeço com muito carinho e gratidão!”
BADY
MONTE LÍBANO. Miami-
Flórida.
Bady Monte Líbano |
Este é o último texto de nosso articulista Bady Monte Líbano que escrevia aos domingos.
Ele tinha a leveza e bom-humor na escrita, por que ele era assim.
Muito sério algumas vezes, por exemplo, na matéria que fez para o Guardião: São Thomé das polêmicas
Mas em outras como: simplesmente Boston, Líbano e sua história, Brasil e Paraguay, 7 de abril é o dia do Jornalista ,Viagem, Paz na Síria
Um dia a gente se encontra Bady Monte Líbano
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