Asteroide que cruzou o céu essa semana dá a volta completa ao redor do Sol a cada 2,7 anos e passará novamente próximo à Terra em 2035 e 2086 (Reprodução/Divulgação)
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"Corpo
celeste é o maior de 2019 a passar a uma distância tão pequena da
Terra e não havia sido detectado com antecedência por centros de
observação mundiais"
Por Julia
Braun
“Um
grupo de astrônomos amadores brasileiros detectou um asteroide que
passou a “apenas” 71.400 quilômetros da Terra na noite da última
quinta-feira 25. Os sócios do Observatório Sonear, de Minas Gerais,
foram os primeiros a rastrear o corpo celeste e alertaram a União
Astronômica Internacional (UAI) sobre a descoberta.
O Asteroid
2019 OK tem
entre 50 e 130 metros de diâmetro e é o maior a passar a uma
distância tão pequena da Terra desde o começo deste ano. Sua
velocidade estimada ao redor do Sol é de entre 50 e 60.000 km/h.
O
corpo celeste não representou risco real, mas ficou a uma distância
considerada pequena do nosso planeta. Para efeito de comparação, a
Lua está a 384.000 quilômetros, uma distância cinco vezes maior do
que a do 2019 OK.
Cerca
de 90% dos mais de 1.000 asteroides de mais de 1 quilômetro de
diâmetro próximos da Terra já foram identificados pela Nasa e seus
parceiros. Por seu tamanho, o 2019 OK não tinha sido detectado pelos
maiores centros de observação mundiais com antecedência.
Assim
que os brasileiros descobriram sua localização, informaram a União
Astronômica Internacional (UAI), com sede na França, para que
outros astrônomos pudessem observá-lo.
Minas Gerais
O
Observatório Sonear (ou Observatório Austral para Pesquisas de
Asteroides Próximos à Terra), responsável pela descoberta, fica em
Oliveira, uma cidade a 160 quilômetros de Belo Horizonte.
Cristóvão
Jacques, diretor sócio do observatório, afirma que a colisão de um
asteroide do tamanho do 2019 OK com nosso planeta poderia causar
muitos estragos.
“Considerando
as dimensões do universo, 71.000 quilômetros é uma distância
mínima”, diz o engenheiro civil e empresário. “Imagine um
asteroide do tamanho de um campo de futebol caindo na Terra. Poderia
destruir uma cidade”.
O
projeto ASAS-SN, da Austrália, fez um vídeo que mostra a
passagem do Asteroid 2019 OK pela Terra.
Segundo
Cristóvão, em média, um asteroide passa por semana entre a Terra e
a Lua. A maioria deles, contudo, é muito menor do que o Asteroid
2019 OK.
O
corpo celeste que cruzou o céu nesta semana dá a volta completa ao
redor do Sol a cada 2,7 anos e passará novamente próximo à Terra
em 2035 e 2086.
O
Somear usa dois telescópios automatizados para as observações.
Além de Jacques, outros dois sócios do observatório acompanham os
fenômenos astronômicos por meio de um sistema via internet.
Desde
2014, o Sonear identificou 32 asteroides e sete cometas que passaram
perto da Terra. “Todos os dias entram cerca de 100 toneladas de
material do espaço, a maioria pequenas pedras e poeira, na
atmosfera”, explica Jacques. “Por volta de duas a três vezes por
ano, asteroides de 1 a 2 metros de diâmetro caem na Terra.”
Em
2013, um asteroide de 20 metros de diâmetro adentrou a atmosfera
terrestre sobre a Rússia. O meteoro caiu na cidade de Cheliabinsko e
deixou cerca de 1.000 pessoas feridas.
No
fim de junho, o Asteroid 2019 NO, de 2 metros de diâmetro, entrou na
atmosfera, mas não causou danos.”
Fonte:
Veja.com
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