segunda-feira, 29 de julho de 2019

No epsisódio que o presidente é cruel com presidente da OAB, o governador de São Paulo, diz que isso é 'inaceitável'

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)






"O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou nesta segunda-feira, 29, a declaração do presidente Jair Bolsonaro em relação a Fernando Santa Cruz — pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz —, desaparecido durante a ditadura militar, quando atuava na Ação Popular Marxista Leninista (APML), grupo de esquerda que combatia o regime."

É inaceitável que um presidente da República se manifeste da forma com que se manifestou. Foi uma declaração infeliz”, afirmou Doria, em evento no Palácio dos Bandeirantes. “Não posso silenciar diante desse fato. Eu sou filho de um deputado federal cassado pelo golpe de 1964 e vivi o exílio com meu pai, que perdeu quase tudo na vida em dez anos de exílio pela ditadura militar”, disse o governador.

Mais cedo, Bolsonaro criticou a OAB e Felipe Santa Cruz — que têm sido crítico ao governo — e declarou: “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse Bolsonaro. Em nota oficial, os advogados prestaram solidariedade a Santa Cruz e a todas as famílias de quem foi morto, torturado ou desaparecido ao longo da história, especialmente durante o regime militar.

Outros políticos criticaram a declaração presidencial. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) cobrou um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), do Ministério Público Federal (MPF) e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. “Não podemos mais tapar o sol com a peneira. Bolsonaro tem que ser impedido. Ele é um criminoso que idolatra genocidas, torturadores e ditadores. Ele e seu clã miliciano conduzem o país para um estado policial autoritário que corrói a democracia e as instituições da República”, disse.

Fonte: veja.com  

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