"Uma
Dilma Rousseff segura e pronta para autocríticas sentou-se diante da
apresentadora Mariana Godoy na sexta-feira(10), da Rede TV. Para a
presidenta afastada temporariamente pelo senado, seu erro maior foi
ter feito alianças com quem não devia - embora não tenha citado, o
nome de Michel Temer ficou implícito na declaração. Ela reforçou
a ideia de que não cometeu crimes de responsabilidade e que está
sendo vítima de um golpe.
A
divulgação da conversa do ex-presidente da Transpetro, Sérgio
Machado, com o então ministro do Planejamento, Romero Jucá
(PMDB-RR), que sugeriu uma "mudança" no governo federal
para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava
Jato, representou, para ela, a comprovação maior do golpe
articulado para encerrar a Lava-Jato.
Sobre
sua defesa no Senado, ela afirmou que estão lutando para que as
gravações sejam incluídas na defesa do impeachment. "Elas
constituem claras provas do que nós falamos, do desvio de poder e
desvio de finalidade, primeiro na aceitação do processo de
impeachment pelo senhor Eduardo Cunha" disse Dilma.
Dilma
subiu o tom quando se dirigiu a um dos principais desafetos na sua
gestão: disse que o presidente da Câmara afastado Eduardo Cunha é
"de direita, conservador e sem princípios éticos".
"Que
ele [Cunha] responda na Justiça pelas contas na Suíça e por ter
negado que ele tinha contas na Suíça", disse Dilma.
Em
relação ao governo do presidente interino, Michel Temer, Dilma
criticou medidas implantadas como, por exemplo, a redução de
ministérios.
"Não
dá para acabar com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O futuro do nosso país depende da ciência, da tecnologia e da
inovação [...] Não é assim que se dirige um Estado. Reduzindo
ministérios a economia é mínima, isso se houver economia, se não
ficar mais caro", afirmou.
Durante
a entrevista, a presidente afastada voltou a negar que tinha
conhecimento de irregularidades e pagamentos de propinas na compra da
refinaria Pasadena pela Petrobras, nos Estados Unidos, em 2006. Na
época, Dilma era presidente da estatal. Ela criticou as acusações
do ex-diretor da Petrobras Néstor Cerveró que, em depoimento à
Lava Jato, afirmou que "ela sabia de tudo".
"Ele
prova? Não. Eu nunca tive amigo da qualidade do senhor Nestor
Cerveró", afirmou Dilma.
Sobre
Lula, Dilma disse que há "dois pesos e duas medidas"
quando se trata do ex-presidente. "Quando se trata de vazar
conversa da presidenta da República com qualquer pessoa, no mundo
inteiro não teria discussão: a pessoa que faz isso e revela, vai
pra cadeia".
Dilma
disse ainda que irá se esforçar para ir à abertura da Olimpíada
no Rio de Janeiro, em agosto. "Nunca alguém mereceu tanto estar
na Olimpíada quanto eu", disse."Veja o vídeo da
entrevista na íntegra."
Fonte: Conexão Jornalismo
O interessante seria fazer o que está sendo realizado na Venezuela, ou seja, um referendo para ver com o povo, que escolhe se o governante fica ou não!
Apesar da Venezuela não aparentar ser um país democrático, pelas dificuldades, inclusive de alimentos que o povo está enfrentando. Mas lá se tem a liberdade de uma democracia.
Quem não se lembra, o Brasil já passou por isso, por essa dificuldade, de ter filas para comprar alimentos e de ser limitado o número de produtos a serem comprados. Quem não se lembra ou não viveu essa época, veja esse vídeo abaixo.
Fonte: Vídeo: Débora Aladim
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