sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Mundo: "O fascismo cresce, mas a gente cresce junto"


Ainda bem que o mundo está atento as manifestações contra a democracia

Por Ana Lúcia Dias, OGM

Enquanto no Brasil se agride fisicamente, Marcelo Rubens Paiva, na capital paulista, o autor do livro, “Ainda Estou Aqui” que deu origem ao filme de mesmo nome que está concorrendo, ao Oscar, maior prêmio do cinema internacional. É a Cultura brasileira, tão rechaçada no governo anterior, dando voz a memória histórica de um país sem memória. 

A deputada Jandira Feghali, PC do B, se solidariza com Marcelo Rubens Paiva.

A agressão a Marcelo Rubens Paiva não é um caso isolado — é o reflexo de um Brasil que ainda luta contra os resquícios do ódio e da intolerância. Quando a violência se volta contra um cadeirante, um escritor, um símbolo da resistência democrática, o alvo é muito maior: é a própria democracia. Não há espaço para saudosistas da ditadura e defensores da brutalidade – nosso compromisso é com a memória, a verdade e a justiça. Quem homenageia a tortura insulta a liberdade.”

Fonte: Instagram/JandiraFeghali

Vejamos por que o mundo todo está assistindo e elogiando o filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles? E torcendo para que o filme ganhe o Oscar, o prêmio maior do cinema, em diversas categorias. 

Em primeiro lugar, pela qualidade inegável do filme, pela interpretação da Fernanda Torres, que viveu no filme a Eunice, mulher corajosa que enfrentou a ditadura militar, nos Anos de Chumbo, quando o regime militar, se tornou mais duro, durante o governo Médici que aplicou com “requinte” o AI-5, Ato Institucional n.º 5, de dezembro de 1968. O filme se passa em 1971. 

O AI-5 perdurou por 10 anos no país, e que mais assassinou a partir de torturas, brasileiros e brasileiras, e desapareceu com corpos, simplesmente por lutarem por um país mais justo, pela democracia, ameaçada por Bolsonaro recentemente. 

Os militares permaneciam cerca de 6 anos no poder, por exemplo, o último general João Batista Figueiredo, ficou no poder de 1979 a 1985. 

“Fascismo de todos os dias”. Um documentário de 1965 faz o espectador ser sacudido pela atualidade de seu tema.
O mundo está vivendo a ascensão da extrema-direita-fascista, por este motivo que os cidadãos do mundo, que já passaram por esses regimes, por exemplo, o nazismo de Hitler, o fascismo de Mussolini, na Europa e agora, o país que se dizia mais democrático do mundo, os norte-americanos estão experimentando a queda da dita maior democracia do mundo com Donald Trump e Elon Musk no poder. 

Os espectadores do filme “Ainda Estou Aqui”, se colocam na posição da família de Rubens Paiva, que nunca mais souberam do paradeiro, nem sequer do corpo do pai e esposo de Eunice Paiva. Isto foi a ditadura civil-militar no Brasil. 

Vamos ficar na torcida, neste domingo, 02 de março, para que o merecido filme de Walter Salles seja reconhecido e ganhe o Oscar.  

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