Enquanto no Brasil se agride fisicamente, Marcelo Rubens Paiva, na capital paulista, o autor do livro, “Ainda Estou Aqui” que deu origem ao filme de mesmo nome que está concorrendo, ao Oscar, maior prêmio do cinema internacional. É a Cultura brasileira, tão rechaçada no governo anterior, dando voz a memória histórica de um país sem memória.
A deputada Jandira Feghali, PC do B, se solidariza com Marcelo Rubens Paiva.
“A agressão a Marcelo Rubens Paiva não é um caso isolado — é o reflexo de um Brasil que ainda luta contra os resquícios do ódio e da intolerância. Quando a violência se volta contra um cadeirante, um escritor, um símbolo da resistência democrática, o alvo é muito maior: é a própria democracia. Não há espaço para saudosistas da ditadura e defensores da brutalidade – nosso compromisso é com a memória, a verdade e a justiça. Quem homenageia a tortura insulta a liberdade.”
Fonte: Instagram/JandiraFeghali
Vejamos por que o mundo todo está assistindo e elogiando o filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles? E torcendo para que o filme ganhe o Oscar, o prêmio maior do cinema, em diversas categorias.
Em primeiro lugar, pela qualidade inegável do filme, pela interpretação da Fernanda Torres, que viveu no filme a Eunice, mulher corajosa que enfrentou a ditadura militar, nos Anos de Chumbo, quando o regime militar, se tornou mais duro, durante o governo Médici que aplicou com “requinte” o AI-5, Ato Institucional n.º 5, de dezembro de 1968. O filme se passa em 1971.
O AI-5 perdurou por 10 anos no país, e que mais assassinou a partir de torturas, brasileiros e brasileiras, e desapareceu com corpos, simplesmente por lutarem por um país mais justo, pela democracia, ameaçada por Bolsonaro recentemente.
Os militares permaneciam cerca de 6 anos no poder, por exemplo, o último general João Batista Figueiredo, ficou no poder de 1979 a 1985.
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“Fascismo de todos os dias”. Um documentário de 1965 faz o espectador ser sacudido pela atualidade de seu tema. |
Os espectadores do filme “Ainda Estou Aqui”, se colocam na posição da família de Rubens Paiva, que nunca mais souberam do paradeiro, nem sequer do corpo do pai e esposo de Eunice Paiva. Isto foi a ditadura civil-militar no Brasil.
Vamos ficar na torcida, neste domingo, 02 de março, para que o merecido filme de Walter Salles seja reconhecido e ganhe o Oscar.
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