Câmara aprova projeto que transforma delitos
virtuais em crimes
Obtenção de dados e informações de forma não autorizada poderá render
multa e até um ano de prisão. Por Douglas Ciriaco
Foi aprovado na
quarta-feira (7) na Câmara dos Deputados o projeto de lei que transforma em
crime delitos cometidos na internet. As penas para criminosos virtuais podem
variar de três meses a um ano de prisão, além de multa. O projeto classifica
como criminosas atividades como invasão de computadores e outros dispositivos
do gênero, como tablets, para fins de obter, adulterar ou destruir dados de
forma não autorizada.
A aprovação do
projeto de lei, que agora aguarda sanção da presidenta Dilma Rousseff, ganhou
mais velocidade a partir de maio deste ano, quando a atriz Carolina Dieckmann
teve fotos íntimas divulgadas na internet.
Crimes virtuais punidos com prisão
O texto da lei
aprovada tipifica como crime "devassar dispositivo informático alheio,
conectado ou não a rede de computadores, mediante violação indevida de
mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou
informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo,
instalar vulnerabilidades ou obter vantagem ilícita."
Penas de prisão
serão aplicadas a "quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde
programa de computador" com o objetivo de causar dano a alguém. A intenção
aqui é punir responsáveis pela criação e difusão de softwares maliciosos, como
vírus e spywares. Para roubo de senhas e invasão de emails, a pena varia entre
seis meses e dois anos de reclusão.
Se houver
prejuízo econômico à vítima, a pena pode ainda ser aumentada de um sexto a um
terço do período estipulado.
Marco Civil da Internet
Está prevista
para acontecer ainda hoje a votação do Marco Civil da Internet no Brasil, uma
espécie de conjunto de leis que visa regulamentar o uso da rede mundial de
computadores no país, prevendo direitos e deveres aos internautas brasileiros.
O ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu que a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) seja responsável pela regulamentação do Marco Civil.
“A Anatel é o órgão que tem competência e legitimidade para fazer isso
[regulamentação da lei].” O ministro afirmou que a agência poderia discutir o
regulamento com a sociedade civil em audiências públicas, trazendo mais
transparência a todo o processo.
Outra proposta
para o Marco Civil é a chamada “Lei Azeredo”, que ganhou este nome por causa de
seu relator, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ela tramita há mais de uma
década no Congresso Nacional e vários de seus itens se tornaram obsoletos com o
avanço da tecnologia nos últimos dez anos.
Fonte: tecmundo
Marco Civil: lei sobre a internet brasileira ainda pode ter alterações sugeridas pelos cidadãos – Por Renan Hamann
Em breve, o texto será encaminhado para a Câmara dos Deputados para que seja realizada a votação da nova lei.
O Brasil está mais próximo de ter uma lei regulamentando a internet. O texto do
Marco Civil da Internet está quase pronto, aguardando apenas que os cidadãos
enviem sugestões de alterações antes que seja encaminhado para votação na
Câmara dos Deputados em Brasília. O grande foco do projeto de lei é garantir mais
proteção aos usuários e também evitar ações abusivas das empresas ligadas à
prestação de serviços.
O Marco Civil da Internet não pretende fiscalizar ou punir responsáveis
por crimes virtuais – já existem outros projetos de lei em andamento para isso
–, mas agir em três pontos muito importantes para qualquer pessoa que utilize a
internet no Brasil:
1 1- Dados privados não podem
ser tratados como mercadoria pelas empresas;
2- Liberdade de
expressão na internet (desde que não interfira no direito alheio);
3 3- Neutralidade nas
redes (garantir que todas as empresas tenham os mesmos direitos).
Você pode acessar o texto
provisório por este link e aproveitar para deixar os comentários
pertinentes ao tema para possíveis alterações.
Fonte: tecmundo
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