Perda de elasticidade e secura são sintomas comuns da condição
A falta de estrogênio
causa atrofia vaginal (AV), que é uma condição caracterizada por:
secura, inflamação e adelgaçamento das estruturas da pele e
mucosas que revestem os órgãos genitais e urinários. O hormônio
estrogênio é responsável pela manutenção do colágeno que mantêm
a elasticidade, espessura, umidade da pele e a sua vascularização.
Além destas alterações, os lactobacilos da flora vaginal normal
desaparecem, mudando a flora e propiciando maior risco de infecções
genitais e urológicas.
O
problema ocorre, normalmente, em determinados períodos da vida:
pós-parto, amamentação,
retirada dos ovários, necessidade de uso de
determinados medicamentos,
doenças sistêmicas ou autoimunes, etc. A menopausa, com a falência
dos ovários, é o inicio do climatério, fase mais comum e
importante que leva a atrofia uro/genital. Devemos lembrar que,
atualmente, a mulher vive grande parte de sua vida nesta fase e
cerca de metade delas apresenta sintomas como: corrimento, prurido,
sangramento, dor na relação sexual, infecções urinárias de
repetição e incontinência
urinaria.
Existem algumas doenças
que podem precipitar a atrofia vaginal e levar a sintomas muito
parecidos como: liquem escleroso, doenças autoimunes, infecções
crônicas, problemas alérgicos locais etc. Além da falta de
estrogênios, algumas outras condições podem acelerar ou exacerbar
o problema como: cigarro,
cirurgia vaginal, falta de relação sexual, ausência de parto
por via vaginal
Como tratamento, após
avaliação global da paciente, exclusão de cânceres e doenças que
possam levar a riscos, podemos utilizar os hormônios de forma
sistêmica e/ou local para atenuar estes sintomas. Alguns
medicamentos não hormonais locais podem ser usados sem riscos, assim
como determinada forma de laser parece aumentar o trofismo e formação
de colágeno. Fisioterapia pode ser indicada em casos específicos.
Devemos orientar e tratar de forma individualizada, para que tenhamos
o controle das queixas uro/genitais, melhorando muito a qualidade de
vida destas pacientes.
- CRM 42141/SP
Fonte: Minha Vida
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