Enviamos para o senador, Ivo Cassol um e-mail para saber o papel do senado na
liberação da Fosfoetanolamina sintética, especialmente para os
pacientes que estão tomando a “substância”. E no dia seguinte,
a assessoria dele nos respondeu. Agradecemos o interesse e os
esclarecimentos prestados pelo senador, Ivo Cassol.
Abaixo
segue o e-mail enviado e a resposta do senador Ivo Cassol
Senador,
Ivo Cassol
Parabéns
por sua atuação neste caso, da Fosfoetanolamina sintética.
Sr.
senador assisti a audiência pública sobre a fosfoetanolamina
sintética, no dia 29 de outubro de 2015. E depois disso a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), liberou e aprovou um
outro "medicamento" que se chama "Caelyx", que
possui a fosfoetanolamina em sua fórmula.
Ela
é injetável, quer dizer, não é uma cápsula, como a
fosfoetanolamina sintética. E vai custar entre 2 mil e 4 mil reais e
não 0,10 centavos de real como a fosfoetanolamina sintética.
Gostaria
de saber qual é o papel do senado federal nesta questão da
Fosfoetanolamina sintética ? Não era de promover a liberação de
imediato para os portadores de câncer, que já estão fazendo uso
desta "substância" ?
E
qual foi a função da audiência pública proposta pelo sr. ?
Me
desculpe, mas o que adiantou essa Audiência Pública ?
O
que o Senado Federal está fazendo para que a fosfoetanolamina
sintética seja liberada aos portadores de câncer ?
E a
verba liberada pelo governo federal ao Ministério de Ciência e
Tecnologia para as pesquisas ?
Hoje,
21 de janeiro de 2016, às 2 h 08 está sendo reprisada a audiência
pública sobre a fosfoetanolamina sintética pela tv senado.
Estou
revendo seu entusiasmo nesta Descoberta do Brasil que vai ajudar a
muitos brasileiros e ao mundo.
Todos
os pesquisadores agradeceram ao Senado e, pediram para que os
políticos do Brasil apressem a liberação da fosfoetanolamina
sintética, que foi descoberta por um dos laboratórios de uma das
conceituadas Universidades do mundo, o laboratório da USP - São
Carlos - SP. que é no Brasil.
Gostaria
de saber o que o Senado pode fazer para apressar a liberação da
fosfoetanolamina sintética ?
Já
que Anvisa liberou um outro medicamento, o Caelyx que contém em sua
fórmula, a fosfoetanolamina.
Agradeço
a atenção,
Ana
Lúcia Dias
Jornalista
- MTB. 24989-SP
_________________________________________________________________
Resposta
do Senador, Ivo Cassol
Srª
Ana Lúcia Dias
Gostaria
de agradecer-lhe o envio de sua mensagem, pela qual
a senhora questiona o papel do Senado na liberação
da Fosfoetalonamina.
Eu,
pessoalmente e como Senador, resolvi me debruçar sobre o assunto em
questão na esperança de que tal substância possa trazer alívio
para as pessoas que sofrem com esta terrível doença, que é o
câncer. Contudo, infelizmente, devido à falta de sua
regulamentação, o acesso à Fosfoetanolamina ainda só é
possível mediante determinação do Poder Judiciário, não tendo
este Senado Federal poder para determinar a entrega da substância.
A audiência
pública que realizamos no dia 29 de outubro de 2015 visou
a debater a descoberta e o desenvolvimento de pesquisa da droga
Fosfoetanolamina, com a presença de autoridades governamentais da
área de saúde pública, do corpo de pesquisadores dessa substância
e de membros da comunidade médica do País.
Tenho
feito pronunciamentos na tribuna do plenário desta Casa pedindo
ajuda do Governo para que se ocupem os laboratórios e comecem a
fabricação em 17 Estados, ou, pelo menos,
que liberem para as pessoas que já estão em fase avançada
de câncer, pois a USP não está dando conta de tantas
liminares. Este é papel do Senado: sensibilizar o Governo
Federal e os governos estaduais a fim de que se iniciem os testes o
mais rapidamente possível.
Como
a senhora bem mencionou na sua mensagem, no dia 12 de
novembro de 2015 o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
liberou R$10 milhões para as pesquisas da Fosfoetanolamina.
Dias depois, os Governos do Rio Grande do Sul e de São Paulo
aceitaram fazer parcerias com a USP para os testes e a produção das
cápsulas.
Em
16 de dezembro do mesmo ano, foi divulgado que o Instituto do Câncer
de São Paulo (Icesp) vai coordenar uma pesquisa para testar a
Fosfoetanolamina no tratamento de pacientes com câncer. A previsão
é que, no prazo de seis meses, os pesquisadores tenham uma ideia da
eficácia da droga.
Ainda
não há data para o início dos estudos porque será necessário
um consenso da Secretaria Estadual da Saúde, do Ministério da
Saúde e dos pesquisadores da USP de São Carlos, que vão repassar
detalhes da fórmula da substância.
A
escolha dos pacientes que vão participar dos testes vai depender de
critérios técnicos, definidos pelo instituto. A ideia da
Secretaria é não escolher pacientes muito debilitados, com o
sistema de defesa comprometido, que podem não responder bem ao
tratamento, pois isso poderia dar uma falsa ideia de que a substância
não funciona.
Inicialmente,
dez pacientes, com diferentes tipos de câncer, serão testados. Se
não houver efeitos colaterais graves, serão formados dez grupos, um
para cada tipo de câncer, com vinte e um pacientes em cada grupo.
Se, desses vinte e um pacientes, pelo menos dois responderem bem ao
tratamento, o estudo será ampliado até chegar ao máximo de mil
pacientes.
Todos
os pacientes serão monitorados continuamente por uma equipe
multiprofissional com experiência em testes clínicos, no Icesp. A
produção da substância ficará sob a responsabilidade da Fundação
para o Remédio Popular (Furp).
Em
meados de janeiro deste ano, três laboratórios brasileiros foram
autorizados pelo Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação a fazerem testes com a Fosfo: Florianópolis,
Fortaleza e Rio de Janeiro.
Em
Florianópolis, no CIENP, o coordenador é o Dr. João Batista
Calixto. A previsão é que se chegue ao resultado final em dois anos
e, pelo menos, a 80% do resultado até julho de 2016.
O
objetivo é assegurar que o estudo seja feito com o mesmo material da
substância usada desde o início da experiência, ou seja, a
molécula da Fosfo.
Se
os resultados dessa primeira parte dos testes forem positivos, a
Anvisa vai autorizar o uso compassivo da substância, em que alguns
pacientes podem ter acesso ao medicamento, mesmo sem registro.
Tenha
a certeza de que continuarei lutando em prol da
regulamentação da Fosfoetanolamina. Acredito que se trata de um
sopro de vida que nós podemos dar para quem pede a Deus todos os
dias.
Atenciosamente,
Senador
Ivo Cassol
Fonte: Senado Federal em resposta ao e-mail encaminhado pelo jornal on-line, O Guardião da Montanha.
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