Presidente chegou a considerar a ideia de ir ao ato, mas mudou de ideia após reuniões (Marcos Corrêa/PR) |
"Presidente também orientou ministros a não participarem dos atos, informou o porta-voz do Planalto, general Otávio Rêgo Barros"
Por Reuters
“O
presidente Jair
Bolsonaro decidiu
não participar das manifestações de domingo em defesa do governo e
orientou seus ministros a também não comparecerem, afirmou nesta
terça-feira, 21, o porta-voz da Presidência, general Otávio
Rêgo Barros.
O
presidente inicialmente chegou a considerar comparecer ao ato, que
foi chamado por apoiadores para se contrapor às manifestações do
último dia 15 contra bloqueio nos recursos para a Educação.
Na
segunda-feira 20, o porta-voz havia informado que não estava
decidido se o presidente iria ou não. Questionado pela agência
Reuters se Bolsonaro havia decidido não participar e dito aos
ministros que eles também não deveriam ir, o porta-voz respondeu:
“Sim, foi isso mesmo”.
O
presidente fez o anúncio e a recomendação aos ministros durante
reunião ministerial na manhã desta terça, de acordo com o
porta-voz. Segundo uma fonte que estava presente à reunião, que
falou sob condição de anonimato, Bolsonaro “orientou aos
ministros que ‘como ministros’ não deveriam ir”.
Os
filhos do presidente, especialmente o deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro,
têm defendido as manifestações. Mas o ato, que surgiu de grupos de
apoiadores nas redes sociais, tem causado divergência dentro do
próprio partido de Bolsonaro, o PSL.
O
presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que não vê
sentido nas manifestações, mesmo achando que qualquer ato popular é
“válido”. A líder do governo no Congresso, deputada Joice
Hasselmann (PSL-SP), disse não ser contra o ato, mas defendeu que
parlamentares não devem participar, enquanto o líder do PSL no
Senado, Major Olimpio (SP), disse que estará na Avenida Paulista, no
domingo, “como cidadão”.
A
grande polêmica em torno da manifestação está no fato de as
primeiras convocações terem tido como principais alvos os Congresso
e no Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive falando em fechamento
das duas instituições. O tom belicoso afastou movimentos e dividiu
a direita, a ponto de movimentos tradicionais como o MBL e o Vem para
Rua terem avisado que não irão participar.
Os
defensores do ato têm tentado amainar o tom do protesto, que deve
agora focar na defesa do governo e da reforma da Previdência, e
centrar fogo no chamado centrão, grupo do Congresso apontado como o
vilão que tem impedido o governo de avançar.”
Fonte: Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!