terça-feira, 6 de abril de 2021

"'Bolsonaro é ameaça para Brasil e mundo', diz The Guardian"

Para o The Guardian, a possibilidade do retorno de Lula fará os eleitores de direita procurarem outro candidato, menos extremista do que Bolsonaro


Por Ana Raquel Lellis, EM

"Em editorial, jornal diz que 'presidente de extrema direita deu rédea solta à COVID-19 e à destruição da Amazônia'"

"As ações do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estão repercutindo fora do Brasil. O jornal britânico The Guardian publicou, nesta segunda-feira (5/4), um editorial analisando o presidente. Com o título “A visão do The Guardian sobre Jair Bolsonaro: um perigo para o Brasil e para o mundo”, o artigo pontua ações do governo brasileiro durante a pandemia da COVID-19, o desmatamento da Floresta Amazônica e as eleições de 2022.

O jornal abre o editorial afirmando que as perspectivas da vitória de Bolsonaro nas eleição presidenciais de 2018 eram assustadoras, em razão do histórico machista, de destratar gays e minorias, e por elogiar o autoritarismo e a tortura. "O pesadelo se revelou ainda pior na realidade", escreve o The Guardian

"Ele não só usou uma lei de segurança nacional da época da ditadura para perseguir os críticos e supervisionou o aumento do desmatamento na Amazônia em 12 anos, mas também permitiu que o coronavírus se alastrasse sem controle, atacando as restrições de distanciamento, máscaras e vacinas”, pontua.

Conforme pesquisa do DataFolha, divulgada na última quarta-feira (31/3), 59% dos eleitores brasileiros rejeitam o Bolsonaro. O artigo analisa que o atual presidente está se preparando para resultados desfavoráveis nas eleições do ano que vem.

“Na semana passada, ele demitiu o ministro da Defesa, um general aposentado e amigo de longa data que, no entanto, parece ter criticado as tentativas de Bolsonaro de usar as forças armadas como ferramenta política pessoal. Os comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea também foram demitidos – supostamente quando estavam prestes a renunciar”, afirma o editorial.

O jornal completa que o estopim para as demissões foi o retorno do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à cena política.

Após a anulação das condenações criminais, Lula poderá concorrer novamente à presidência no ano que vem.

“Os ataques injuriosos de Lula ao presidente são amplamente vistos como o prenúncio de uma nova candidatura ao poder de um político carismático que continua muito popular em alguns setores”, escreve o The Guardian.

'É possível que, inspirado por Donald Trump, o Sr. Bolsonaro pense em se agarrar ao poder pelo uso da força? Não. Isso é provável'

The Guardian, em editorial

 


 



Com a rejeição da populção e a ameaça de outro forte concorrente nas eleições, o jornal britânico analisa que é provável que Bolsonaro se agarre às forças militares para se manter no poder.

Como comprovação da tese, o jornal pontua a ditadura militar vigente no Brasil entre 1964 e 1985 e a reação do filho do presidente, vereador do Rio de Janeiro Eduardo Bolsonaro (Republicanos-RJ), à “ineficácia das forças militares norte-americanas em conter a multidão que invadiu o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro”.

O artigo termina com um tom esperançoso. Conforme o The Guardian, a possibilidade do retorno de Lula é suficiente para os eleitores de direita procurarem outro candidato, menos extremista do que Bolsonaro, a fim de não seguir os mesmos erros.

“Sua partida seria bem-vinda, pelo bem do Brasil e do resto do planeta”, finaliza."  

Leia o artigo completo aqui. 

Fonte: EM

Apenas o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado  Arthur Lira, PP que não quer ver!

O mundo diz que Bolsonaro "um presidente extremista, sem noção é um perigo para o Brasil e para o mundo". É uma constatação.

Está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, PP que faz parte do Centrão, o destino dos brasileiros que ainda restam. 

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