sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Apaixonados não se concentram...

 Pessoas apaixonadas têm menor capacidade de se concen-trar e de executar tarefas que requeiram atenção.                                                                           
conclusão, que contesta o saber científico atual, mas está de pleno acordo com o saber popular. Foi publicado na revista Motivation and Emotion, por cientistas das universidades de Leiden e Maryland.


No mundo da lua
Quarenta e três participantes que estavam em um relacionamento romântico há menos de meio ano realizaram uma série de tarefas durante as quais eles tinham que discriminar entre informações relevantes e irrelevantes o mais rápido possível.
Para aguçar suas paixões, os participantes ouviram música romântica e pensaram em um evento romântico antes dos testes. Quanto mais apaixonado cada um deles se autoavaliou,  menos capaz foi de ignorar a informação irrelevante. Assim, a intensidade do amor está diretamente relacionada à forma como alguém é capaz de se concentrar, concluíram os cientistas.

Não houve diferença entre homens e mulheres - todos "viajaram" igualmente.

Controle cognitivo (significa a aquisição de um conhecimento por intermédio da  percepção). Esses estudos anteriores concluíram que a capacidade de ignorar informações que distraem é necessária para manter um relacionamento romântico de longo prazo.

De acordo com essa interpretação, ser capaz de controlar a si mesmo - também chamado de "controle cognitivo" - e resistir às tentações que poderiam ameaçar o relacionamento é tido como essencial no amor a longo prazo.

Ele também enfatiza que a ligação entre o amor romântico e o controle cognitivo ainda é uma área recente de pesquisas, o que pode justificar as confusões nas interpretações.

"A razão pela qual o amor romântico está associado com o controle cognitivo ainda é desconhecida. Pode ser que os amantes usem todos os seus recursos cognitivos para pensar sobre sua amada, o que os deixa sem recursos para executar uma tarefa chata. Pode ser também que a associação vá no sentido oposto: as pessoas que têm reduzido controle cognitivo poderiam experimentar sentimentos de amor mais intensos do que as pessoas que têm níveis mais elevados de controle cognitivo," considera ele.

Pesquisas futuras poderão trazer novas interpretações e tentar esclarecer o assunto.
Mas talvez valha mesmo o saber popular, aquele que diz que quem está apaixonado vive no mundo da Lua e, portanto, não presta atenção em nada que não seja o objeto do seu amor.

Fonte: Diário da Saúde 

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