Por Ana Lucia Dias
Na
última quinta-feira, 17, às 17h foi marcado o ponto de encontro, em
frente ao terminal de ônibus para o Ato, que marcou o repúdio das
mulheres aos feminicídios, que já
ocorreria, em função de um time da cidade ter contratado o goleiro Bruno. Ele foi incriminado pelo feminicídio em 2010 da modelo Eliza Samudio. Ele está agora em prisão semiaberta.
Mas
que culminou
com mais dois casos de
feminicídio,
o da Alessandra Vaz e
Daniela Mousinho.
Foram
pintados cartazes e faixas para na sequência, seguir em uma caminhada,
que teve a organização do “Coletivo Mulheres pela Democracia”,
“Marcha Mundial de Mulheres”, “Grupo Marielle Franco”, entre
outros grupos de mulheres. E com a presença de
alguns homens que respeitam e defendem
as
mulheres.
No
Sul
de Minas
tivemos cerca de 10
mil feminicídios nos últimos seis meses. Dados oficiais da polícia
civil do Sul de Minas. Uma mulher morta a cada oito minutos. O Brasil é o 5º país no mundo, em pleno século 21, em que existe a violência contra a mulher e que se comete feminicídios. E Minas Gerais lidera o ranking.
A mulher que hoje em dia, em muitos lares, é a chefe de família com tripla jornada de trabalho, além de trabalhar fora, ainda arruma a casa, fazendo todos os afazeres e, ainda cuida dos filhos. Tem de ser uma Super Mulher!
Alessandra
Vaz, tinha 47 anos e era de Poços Caldas, o que causou grande comoção na cidade, uma
artista plástica reconhecida que tinha a loja “AZ”, na rua Rio de Janeiro,
centro
de Poços de Caldas.
Onde foi realizada uma homenagem no fim da caminhada,
no sétimo dia de sua morte com a presença da mãe,
a Dona Sandra e
as
outras filhas que a ampararam todo o tempo.
Muito emocionada a mãe de Alessandra chorava enquanto participava da
caminhada
e depois no final da homenagem também em frente à loja da filha.
Elas preferiram participar do Ato e caminhada contra os feminicídios,
em
vez de
irem à
missa de sétimo dia, que ficou marcada para sábado, 19,
na
Igreja Matriz da cidade.
Homens
que cometem feminicídio, (que
é o assassinato de mulheres pelo simples fato de ser mulher)
não percebem, se não fossem as mulheres, que são as únicas
capazes de dar à luz, eles, ou melhor, nenhum ser humano existiria.
Imagine
para uma mãe que gera, carrega e alimenta a uma
criança por
nove meses, o que ela sente com a morte desse ser, uma filha ou
filho? E, ainda dessa maneira.
No
meio da caminhada, em frente ao Itaú-Unibanco da av. Assis Figueredo, Leidy Nara leu um texto, em homenagem à Alessandra. E a irmã dela, Andressa Vaz depois
de cantar “Como nossos pais” que Elis Regina cantava e era uma
das músicas preferidas da irmã, deu
um recado para todos os homens e
mulheres, principalmente às mães.
No
final da caminhada,
todas as mulheres e homens de verdade que respeitam, protegem e
defendem
as mulheres, pelo simples fato de reconhecerem a importância das
mulheres, depositaram as flores e velas acesas em frente à loja
“AZ”, que Alessandra Vaz mantinha em Poços de Caldas, prestando uma
homenagem a doce guerreira
Alessandra.
Na Loja "AZ" , Selma Mistura, leu uma poesia
do filho de Alessandra, Léo
Vaz
de 21 anos, de seu primeiro casamento o que foi
emocionante. E também um monólogo com atriz, Évila
dos Anjos
da “Cianós”, uma
companhia de Teatro em Poços de Caldas. a E Adeline, do “Coletivo de
Mulheres pela Democracia”, compôs e cantou a música em homenagem,
principalmente à família e amigos de Alessandra.
Todas
as apresentações
culturais mexeram
muito com os presentes, em especial com a família, que pode ver como Alessandra era
querida e, foram
muito
aplaudidas pelo público presente.
De
acordo com Haroldo Paes Gessoni, um
cliente da loja “AZ”, que a conhecia:
“inédito as pessoas que vieram a essa caminhada, não têm o
costume de virem à caminhadas e ou passeatas. Apenas vieram por serem amigos (as) da querida Alessandra”, afirma Haroldo.
Um policial de trânsito junto com uma
outra policial.
|
Essa moto é pilotada por uma mulher da polícia militar. |
Policiais militares garantindo a segurança de todos e todas as manifestantes. |
A
Polícia
cumpriu seu dever muito bem, desde a mobilização em frente ao terminal central de
ônibus, a princípio com dois policiais de trânsito, o Denis e o
Victor, depois com mais policiais, inclusive mulheres, para impedir o trânsito de carros nas travessas, enquanto seguia a caminhada
para que houvesse segurança. Parabéns ao trabalho das polícias de
trânsito e militar.
Foi
utilizada meia pista na av. Assis Figueredo pela caminhada.
E nas demais ruas também.
A polícia militar e de trânsito protegendo a caminhada |
Mulher,
denuncie qualquer ameaça que pode começar com a psicológica,
depois agressões físicas e por fim o feminicídio. Não
deixe chegar ao extremo. Pode
ser tarde demais! Lute por sua vida!
Procure
o CRAS – Centro de Assistência Social de seu bairro ou então, o
CREAS –
Centro
de Referência Especializado de Assistência Social são duas
unidades públicas que pertencem à Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social. Ambas atuam com foco em pessoas em situações
vulneráveis e de risco social.
QUALQUER
PESSOA PODE DENUNCIAR, CHAME A POLÍCIA QUANDO ESCUTAR UM PEDIDO DE
SOCORRO OU PERCEBER ALGUMA COISA ESTRANHA NA CASA VIZINHA.
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