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Governo federal tem a meta de acabar com os lixões até 2024 |
Por Douglas Rodrigues, Poder 360
"O plano do governo federal para repassar a gestão municipal de resíduos sólidos ao setor privado, como coleta de lixo, tratamento e aterros, abre uma série de oportunidades para pequenas e médias empresas.
A lista inclui cooperativas de reciclagem, companhias de logística, usinas de triagem e operadoras de aterros sanitários que podem participar de alguma forma do processo de modernização da prestação de serviço no país. O mesmo ocorrerá com consultorias de engenharia, de arquitetura, advocatícias, logística e fornecedores dos mais variados tipos, apurou o Poder360.
o que está acontecendo – um programa que se aprofundou no governo Jair Bolsonaro (PL) e está em continuação na gestão Lula (PT) está ajudando as prefeituras a melhorar a gestão dos resíduos sólidos;
falta de dinheiro público – o diagnóstico é de que as cidades não têm dinheiro para bancar os investimentos necessários para acabar com lixões e construir aterros sanitários, por exemplo;
estruturação – o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), a Caixa e o BNDES estão promovendo editais para contratação de estudos para encontrar o melhor modelo de gestão em cada município ou região;
solução privada – A ideia é estruturar concessões e parcerias público-privadas. O potencial de investimento é grande: R$ 21,8 bilhões nos próximos anos, atingindo 511 municípios, onde moram 10,8 milhões de pessoas (5% da população). Aqui tem uma lista das cidades em processo de estruturação em projetos;
novos mercados – o processo de modelagem de cada licitação tem o objetivo de criar um novo mercado em cada região do país. As parcerias público-privadas têm contratos de menor valor. E, portanto, novos prestadores podem surgir e entrar na cadeia.
PARTICIPANTES
O consórcio formado pelas cidades de mineiras da região do Triângulo Mineiro (Água Comprida, Campo Florido, Conceição das Alagoas, Delta, Planura, Sacramento, Uberaba e Veríssimo) foi um dos primeiros a ser firmados na nova modelagem, assinado em 2022. |
Crianças pegando no lixo que podia ter sido reciclado
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O vencedor do leilão foi um grupo formado pelas empresas Soma Ambiental e Seleta Tecnologia Ambiental, que ofereceu a menor tarifa para o usuário. As empresas devem investir R$ 164,7 milhões na implantação de empreendimentos na região e R$ 944 milhões em operação e manutenção durante os 30 anos.
No Nordeste do país, um, consórcios já está em fase de implementação. É o da região cearense do Cariri, formado por 9 cidades (Altaneira, Barbalha, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri). O contrato prevê transporte de lixo e destinação de resíduos.
A Aegea, líder no setor privado de saneamento, projeta investimento de R$ 110 milhões nos próximos 30 anos na região cearense. Serão feitas obras de infraestrutura, criação de centrais de triagem, manutenção e operação das unidades de transbordo, tratamento e disposição final."
“O problema do gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil começa dentro de casa. Nós não temos o hábito, a conscientização, da separação do resíduo sólido urbano”, diz a presidente do IAUB (Instituto Agenda Urbana Brasil), Luciana Vilardo. Segundo o panorama da Abrelpe, os brasileiros geram individualmente cerca de 380 quilos de lixo ao ano. São 29,5 milhões de toneladas de resíduos anualmente, em 3.001 municípios, que acabam em lixões ou aterros irregulares – onde não existe 1 sistema de controle que proteja a saúde humana e evite a degradação do meio ambiente."
Fonte: Poder 360
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