Lúcia Valentim Rodrigues, do UOL
"Amanhã, a Índia começará a exportar vacinas contra a covid-19 para seis países, informou o Ministério das Relações Exteriores local. As doses vão para Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Seychelles.
O primeiro-ministro Narenda Modi disse que está aguardando a confirmação das autorizações regulatórias para enviar vacinas também ao Sri Lanka, Afeganistão e ilhas Maurício. São os únicos países considerados futuros beneficiários. O Brasil ficou fora da lista.
Ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o governo brasileiro não recebeu até o momento uma "resposta positiva" a respeito de quando será enviada da Índia a remessa de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca.
Segundo análise de Jamil Chade, a culpa da demora é a própria política do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O Itamaraty passou os últimos meses atacando a proposta feita pela Índia para que patentes (direito de propriedade) sobre vacinas fossem abolidas. A Índia diz agora que é justamente a falta de versões genéricas da vacina contra covid-19 que impede o abastecimento global de um imunizante.
Como o governo indiano é nacionalista, privilegiou o início da campanha no país, em vez de ajudar outros lugares. Sem produção suficiente, o Brasil se manteve em silêncio durante a reunião de hoje na OMC (Organização Mundial do Comércio), sob o risco de atrasar ainda mais a chegada das vacinas."
Fonte: UOL
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