“Em BH, ex-ministro disse ainda que impeachment é ‘remédio grave’. Vice-presidente não comentou acusação e nem abertura do impeachment."
“O
ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT) acusou no
sábado(5) o vice-presidente Michel Temer (PMDB) de ser o “capitão
do golpe” e afirmou que o “impeachment é um remédio grave,
absolutamente excepcional”. “Eu acuso o senhor Michel Temer de
ser o capitão do golpe”, declarou durante um congresso do partido
em Belo Horizonte.
Na
quarta (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), anunciou que aceitou abrir o processo de impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff. Em um pronunciamento no Salão
Verde da Câmara dos Deputados, ele afirmou ter aceito pedido movido
pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, negou motivação
política, mas enfatizou que o pedido respeitava a legislação.
Cunha é suspeito de ter envolvimento com o esquema de corrupção
que atuou na Petrobras e é investigado na Operação Lava Jato.
Por
meio de sua assessoria, o vice-presidente informou que não iria
comentar a declaração de Ciro Gomes. Desde a abertura do processo,
Michel Temer não se pronunciou sobre o impeachment.
Durante
o encontro na capital mineira, Ciro Gomes criticou o governo da
presidente Dilma, mas falou que o impeachment é um procedimento
“excepcional”. “O impeachment é um remédio grave,
absolutamente excepcional, que se pode usar em uma única
circunstância, o cometimento de crime de responsabilidade
dolosamente, ou seja, conscientemente praticado pela presidente da
República. Isto não há, de fato”, afirmou o ex-ministro.
Para Ciro Gomes, a presidente Dilma enfrenta uma “dificuldade extraordinária” de governança, de respeitabilidade e de popularidade. Ele falou ainda que o Brasil enfrenta uma “tragédia” e uma “despudorada troca de chantagens a luz do dia”.
Para Ciro Gomes, a presidente Dilma enfrenta uma “dificuldade extraordinária” de governança, de respeitabilidade e de popularidade. Ele falou ainda que o Brasil enfrenta uma “tragédia” e uma “despudorada troca de chantagens a luz do dia”.
Questionado sobre a posição do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, Ciro Gomes afirmou que o político está escalando o golpe. “Remédio para governo que não se gosta, remédio para governo ruim, não é interromper o itinerário da normalidade democrática. Porque isso introduz uma variável de instabilidade que demora 20 anos para superar”, disse. O G1 tentou contato com a assessoria de Aécio Neves, mas ninguém foi encontrado.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, também falou com os jornalistas e afirmou que o partido vai “votar contra o golpe”. “Eu acho que esse golpe de um impeachment sem fundamento morre no nascedouro”, opinou.
“A população não aguenta mais. Mas o remédio pra isso, como falou meu companheiro Ciro, é eleição. Nós temos é que preparar candidato”, afirmou Lupi ao anunciar a candidatura do deputado estadual Sargento Rodrigues à Prefeitura de Belo Horizonte. Neste momento, o presidente do PDT destacou ainda a candidatura de Ciro Gomes à presidência nas eleições de 2018.”
Fonte: G1 MG
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