"Segundo a neurologista Márcia Assis, a insônia pode ser sinal de outras doenças como ansiedade, estresse agudo, depressão, bronquite, fibromialgia e artrite reumatoide. “Até um refluxo gástrico pode atrapalhar o sono”, ressalta a especialista."
"Por
isso ela aconselha que antes de fazer um diagnóstico “caseiro”,
a pessoa procure um médico e faça exames específicos. A apneia do
sono e o ronco, diz a neurologista, também podem ser responsáveis
por um sono não restaurador. Nesses casos, o ideal é realizar uma
polissonografia (exame para avaliação do sono), para constatar se
há ou não esse problema. “Remédios para pressão alta e
bronquite também podem estragar o sono”, lembra a médica. (IR)
Que
uma noite maldormida nos deixa com pouca atenção e cansados no dia
seguinte, todo mundo sabe. Imagine então quando a situação se
estende por duas, três ou várias noites seguidas. Um mês com
dificuldades para pegar no sono e dormir pouco já configura insônia
crônica, problema que atinge 30% da população mundial. E, a
propósito, o tempo médio de sono vem diminuindo em todo o mundo. No
início do século 20, a média era de nove horas. Atualmente,
fica em sete horas.
Dificuldade
para emagrecer, prejuízos para a memória e comprometimento no
crescimento são alguns dos efeitos da insônia. Há ações
preventivas que podem ser adotadas (veja infográfico), mas quando
elas não funcionam é necessário buscar ajuda.
O
primeiro passo para recuperar o sono é fazer uma análise do que
pode estar atrapalhando. Alguns inimigos comuns de uma boa noite de
sono são conhecidos: assistir à televisão ou ficar no computador
até tarde, praticar exercícios físicos durante a noite, deixar o
quarto com uma temperatura muito elevada ou muito baixa, ingerir de
alimentos e bebidas estimulantes depois das 18 horas (café,
chocolate e refrigerantes com cafeína) e dormir em horários muito
distintos durante a semana.
“O
quarto não deve ser vinculado com outras atividades. É para dormir
e relaxar”, ressalta a neurologista Patrícia Coral. Compensar
noites maldormidas não é indicado, diz a também neurologista
Luciana Palombini. “Só vai contribuir para desregular mais o
sono.”
Depois,
é necessário incorporar medidas de “higiene do sono”, evitando
todos os maus hábitos citados. Terapia cognitivo-comportamental é
um tratamento eficaz, caso o problema seja ansiedade. Outras técnicas
de relaxamento, que envolvem respiração, ajudam. Quando a insônia
não tem causa aparente, são utilizados medicamentos, desde
indutores do sono até antidepressivos. Porém devem ser evitados.
Os benzodiazepínicos (ansiolíticos, utilizados como sedativos) têm um risco elevado de dependência. “O acompanhamento médico deve ser minucioso, e o paciente não pode utilizar por tempo prolongado”, orienta a neurologista Márcia Assis. Patrícia Coral lembra que esses remédios geram tolerância e, com o tempo, só um comprimido não traz mais resultado. “Por isso deve se evitar a cultura de que é preciso tomar remédio faixa preta para dormir.”
Os benzodiazepínicos (ansiolíticos, utilizados como sedativos) têm um risco elevado de dependência. “O acompanhamento médico deve ser minucioso, e o paciente não pode utilizar por tempo prolongado”, orienta a neurologista Márcia Assis. Patrícia Coral lembra que esses remédios geram tolerância e, com o tempo, só um comprimido não traz mais resultado. “Por isso deve se evitar a cultura de que é preciso tomar remédio faixa preta para dormir.”
Luciano
Ribeiro, da Academia Brasileira de Neurologia, lembra que insônia
não significa privação de sono. “Noites de insônia
situacionais, por causa de um problema mais sério e que se resolve
depois, não devem gerar preocupação. Se persistir por mais de 30
dias, é necessária avaliação médica"."
Fonte: DS - Diário da Saúde
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