O Brasil é considerado uma área de risco de febre amarela e, portanto, seus habitantes devem ficar atentos à exigência de vacina contra a doença feita por vários países pelo mundo para poder desembarcar em suas fronteiras. A maioria está localizada na África e parte menos desenvolvida da Ásia, mas há também muitos vizinhos e destinos ‘top’ entre brasileiros que demandam a vacina contra febre amarela. Entre eles a Austrália, Bolívia, Bahamas, China, Equador, Egito, Polinésia Francesa, Índia, Indonésia, Paraguai, Cingapura, Jamaica, África do Sul e Tailândia.
É
um detalhe importante no seu planejamento de viagem, pois alguns
países nem sequer permitem o embarque do passageiro para seu destino
sem a vacinação. Na Índia, a chegada sem o comprovante de que a
dose foi tomada pode acarretar em quarentena. Saiba se você precisa
de vacina contra febre amarela para viajar, como tomá-la aqui no
Brasil e onde emitir o Certificado Internacional de Vacinação.
Vacina contra febre amarela – como tomar
Primeiro, vamos explicar
como fazer a vacina contra febre amarela. O Ministério da Saúde
disponibiliza gratuitamente a dose nos postos do SUS de
todas as cidades do país, mas você também pode pagar para tomar a
sua em uma clínica privada. A vacina é regulamentada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), que, em julho de 2016, fez uma
alteração nas normas que afetou diretamente os viajantes
brasileiros. Agora, uma dose da vacina garante imunidade contra febre
amarela por toda a vida. Até então, a vacina tinha validade de 10
anos e precisava ser reforçada de uma nova dose quando esse prazo
vencesse.
Segundo a OMS, a
nova regra se aplica também às pessoas que foram vacinadas
antes da mudança. Ou seja, se você tomou a dose antes de julho
de 2016, ela já terá validade para a vida toda. Mas não se esqueça
de que esta vacina deverá estar documentada no Certificado
Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). Um detalhe,
porém, não mudou na regulamentação da OMS. A vacina contra febre
amarela deverá ser feita com pelo menos 10 dias antes do embarque
para o país de destino.
A idade mínima de
exigência da dose entre os países integrantes da Organização
Mundial da Saúde (OMS) é de seis meses. Como toda vacina, a da
febre amarela pode causar reações adversas nos primeiros dias, como
dor de cabeça, febre e mal estar. Se os sintomas persistirem depois
do décimo dia, procure um médico e avise-o sobre a vacinação.
Vacina contra
febre amarela – O certificado
Feita a vacina contra
febre amarela, vamos explicar como emitir o Certificado
Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), ou, simplesmente,
a carteira de vacinação internacional. Ele é amarelo, diferente do
cartão nacional, de cor branca. Você pode efetuar a troca
do cartão de vacinação nos Centros de Orientação à
Saúde do Viajante (COV).
O titular do certificado
deve comparecer ao posto munido de documento oficial com
fotografia (RG, passaporte ou Cédula Profissional). Para menores de
idade, é necessária a apresentação da Certidão de Nascimento,
mas eles não precisam comparecer fisicamente ao centro, bastando a
presença dos responsáveis.
Para encontrar o COV
mais próximo, você pode fazer
um pré-cadastro no site da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), mas isso não é obrigatório. Alguns
postos da Anvisa localizados em portos, aeroportos e fronteiras
funcionam também como Centros de Orientação, podendo emitir o
certificado de forma gratuita (mas não é possível fazer a vacina
neles).
Para quem quiser unir a
vacinação e a emissão do certificado no mesmo lugar sem pagar
nada, existem postos de saúde que funcionam como COV.
Também é possível fazer as duas coisas em serviços privados de
vacinação credenciados como Centros de Orientação. Neste caso, o
viajante terá que pagar pela vacina, mas a emissão do CIVP é
gratuita. Consulte a lista
completa de Centros de Orientação na página da Anvisa na
internet.
Vacina contra febre amarela
Em terceiro lugar, vamos
listar os países que exigem a vacina contra febre amarela. Eles são
divididos em duas categorias: a de nações que controlam o
certificado de TODOS os viajantes, e a das nações que controlam o
certificado apenas de quem vem de uma área de risco da doença.
Como o Brasil é considerado país de risco, se
você voar diretamente daqui para a Austrália, vai ter que
apresentar o CIVP na chegada.
Mas se você, mesmo sendo
brasileiro, chegar na Austrália depois de passar um período na Nova
Zelândia, por exemplo, não terá que apresentar nada. Tudo depende
muito do quão rígido é o controle do país sobre a doença e da
disposição do funcionário que atender você. Às vezes, o
certificado é exigido antes mesmo do embarque, pela própria
companhia aérea. Às vezes, se o seu voo chega de um país que não
tem febre amarela, nada é verificado, mesmo que haja pessoas a bordo
que tenham feito conexão vindas de outros lugares.
Pelo sim, pelo não, a
posição oficial de cada país é a que consta na lista
da Organização Mundial da Saúde. Se o seu destino de viagem
estiver lá, é melhor prevenir e tomar a vacina do que ser impedido
de embarcar. Além disso, a febre amarela é uma doença grave e que
pode levar à morte, então é bom viajar seguro, não é mesmo?
Nessa mesma lista da OMS,
você pode conferir se vai passar por algum país de risco no caminho
até o seu destino de férias e outras recomendações de saúde,
como vacinação contra meningite ou malária, por exemplo. Uma
versão
em português está disponível no site da Anvisa. Confira abaixo
todos os países que exigem vacina contra febre amarela.
Exigem vacina contra febre amarela de viajantes que vivam ou tenham passado por países de risco:
Os países: Afeganistão, Albânia, Argélia, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barein, Bangladesh, Barbados, Belize, Butão, Bolívia, Bonaire, Botsuana, Brunei, Burkina Faso, Cabo Verde, Camboja, Chade, China, Costa Rica, Curaçao, Coreia do Norte, Djibuti, Dominica, Equador, Egito, El Salvador, Guiné Equatorial, Eritreia, Etiópia, Fiji, Polinésia Francesa, Gâmbia, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiné, Guiana, Honduras, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Cazaquistão, Quênia, Kiribati, Quirguistão, Laos, Lesoto, Líbia, Madagascar, Malawi, Malásia, Maldivas, Malta, Martinica, Mauritânia, Maurício, Mayotte, Montserrat, Moçambique, Myanmar, Namíbia, Nauru, Nepal, Nova Caledônia, Nigéria, Niue, Omã, Paquistão, Paraguai, Filipinas, Ilhas Pitcairn, Reunião, São Bartolomeu, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Saint Martin/Sint Maarten, São Vicente e Granadinas, Samoa, São Tomé e Príncipe, Arábia Saudita, Senegal, Seychelles, Cingapura, Ilhas Salomão, Somália, África do Sul, Sri Lanka, Sudão, Suriname, Suazilândia, Tailândia, Timor-Leste, Trinidad e Tobago, Tristan da Cunha, Uganda, Tanzânia, Vietnã, Wallis e Futuna, Zâmbia e Zimbábue.
Exigem vacina contra febre amarela de todos os viajantes:
Angola, Benin, Burundi,
Camarões, República Centro-Africana, Congo, Costa do Marfim,
República Democrática do Congo (ex-Zaire), Guiana Francesa, Gabão,
Gana, Guiné-Bissau, Índia, Libéria, Mali, Níger, Ruanda, Serra
Leoa e Togo.
Fonte: Escolha Viajar
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