Felipe
Germano - Superinteressante
“Quando a Reforma
Trabalhista foi anunciada, a pergunta que passou na cabeça dos
brasileiros foi só uma: “vou ter que trabalhar mais?”. A
resposta é não. Tanto antes quanto depois das mudanças, o seu
tempo de trabalho por semana deve ser de 44 horas – o que nos
coloca bem no meio de um debate internacional sobre se isso é muito
(ou pouco).
A primeira vez que
pararam para pensar quanto tempo seria o ideal para alguém trabalhar
sem morrer ou enlouquecer foi em 1919, na primeira reunião da OIT,
que estipulou 48 horas semanais. Em 1935, a Organização reparou que
tinha forçado a barra: 40 horas seria mais justo.
No mapa interativo
acima (é só selecionar uma nação que o número de horas
trabalhadas por semana aparecerá) dá pra ver: atualmente, os
extremos são Quênia e França. A nação africana impõe uma
jornada de até 52 horas semanais, enquanto os franceses consideram
qualquer período superior a 35 horas como hora extra. E, não se
engane, estamos mais próximos dos quenianos do que do país do
croissant. No ranking das maiores jornadas, logo após o Quênia,
estão 43 países (como Suazilândia e Índia) com 48 horas semanais
de trabalho. A gente já aparece em seguida, com outras nove nações
que trabalham 44 horas a cada sete dias.”
Mapa
Jornada Trabalhista
Infogram
A maior parte do
planeta, no entanto, bate o ponto por 40 horas. São 101 países sem
muito em comum, como Japão, Serra Leoa, EUA e Cuba, que seguiram o
caminho científico: não faltam estudos indicando que quem cumpre
jornadas maiores que essa está exposto a acidentes de trabalho e
infartos.
Fonte:
Superinteressante / Exame
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